FONTE: (http://www.correio24horas.com.br).
Motociclistas são as principais vítimas dos acidentes.
O número de indenizações pagas por mortes no trânsito
aumentou em 40% na Bahia, em um ano, segundo dados do seguro DPVAT. Na Bahia,
foram feitos 1.358 pagamentos até junho deste ano, contra 965 no mesmo período
de 2016. Em todo país, o número de indenizações em 2017 aumentou 27% em relação
ao mesmo período do ano passado, subindo de 15.192 para 19.367.
O Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos
Automotores de Via Terrestre (DPVAT) oferece coberturas para morte, invalidez
permanente e reembolso de despesas médicas e hospitalares. As indenizações vão
até R$ 13.500, em caso de mortes.
De acordo com a Seguradora Líder, responsável pela
administração do recurso, as indenizações por morte contemplam acidentes cujas
vítimas são motoristas, pedestres e passageiros. Ainda segundo o levantamento
deste ano, dos 10.857 motoristas motos, 65% (7.036) deles eram
motociclistas.
O
levantamento mostrou que 75% das indenizações pagas no primeiro semestre de
2017 foram para homens entre 18 e 34 anos que estavam dirigindo o veículo.
Desse total, 89% era formado por motociclistas. Foi o que aconteceu com o
motoboy Josué Bispo Barbosa, 49 anos. Ele sempre foi apaixonado por motos, mas
depois de um grave acidente que sofreu há três anos, ele conta que não anda
mais de moto nem nos sonhos.
“Minha
vida foi toda em cima dela, mas depois da queda, não quero mais saber de moto.
Meu acidente foi em agosto de 2014 e de lá pra cá já passei por três cirurgias.
Ainda hoje eu sinto dor”, relata Josué.
Ele
deu entrada no seguro, mas sofreu para receber o valor após o acidente, que
aconteceu quando estava em uma sinaleira na Boca do Rio. “Eu sabia que o seguro
existia e tive muita dificuldade em receber. Dei entrada sozinho, sem advogado,
mas demorou muito. Só depois que eu botei um advogado, que consegui receber.
Recebi R$ 2,7 mil. Foi um dinheiro que ajudou muito na minha recuperação, mas
foi muita burocracia”, explica o motoboy, que desde o acidente passa por vários
médicos e exames em busca da recuperação plena.
Em
outubro do ano passado, a empregada doméstica Maria de Lurdes Sacramento, 57,
estava a bordo de uma moto quando sofreu um acidente. Felizmente, além de uma
grave fratura na perna que necessitou de cirurgia, nada mais sério
ocorreu.
Dona
Maria estava a caminho do trabalho em um mototáxi, quando o veículo bateu em um
carro. “Vinha em um mototáxi quando um motorista bêbado entrou na contramão e
nos atingiu”, relembra.
Ela
conta que só soube que tinha direito ao seguro DPVAT meses após o acidente.
“Dei entrada no dia 25 de maio deste ano. Precisei correr atrás de uma papelada
no IML e na 2ª Delegacia. Agora, estou aguardando sair o dinheiro”, completa.
Aumento.
Para o diretor de Habilitação do Detran-BA, Mário Galrão, não existe uma tese que possa explicar diretamente o que causou o aumento no número de indenizações pagas. Segundo ele, não há como atribuir o aumento do número de acidentes aos pagamentos.
Para o diretor de Habilitação do Detran-BA, Mário Galrão, não existe uma tese que possa explicar diretamente o que causou o aumento no número de indenizações pagas. Segundo ele, não há como atribuir o aumento do número de acidentes aos pagamentos.
“Nós
não temos uma maneira de verificar isso estatisticamente. Existe uma desconexão
muito grande em relação às informações do trânsito como um todo. Não existe um
órgão federal que junte todas essas informações”, explica.
Galrão
avalia que uma maior divulgação sobre o seguro pode também ter contribuído para
que as pessoas recorram cada vez mais. “Existe uma maior conscientização do
alcance do seguro DPVAT e as pessoas estão recorrendo mais para ter o
benefício”, afirma.
Apesar
de não ter uma explicação que ligue diretamente o aumento no número de
acidentes de trânsito às indenizações do DPVAT, Galrão pondera que os órgãos
federais - Denatran e Contran - deveriam ter uma um direcionamento específico
para acidentes com motociclistas.
“O
trânsito é uma situação complexa, ainda mais quando se trata de moto. Deveria
ter um tipo de conscientização diferente por parte dos órgãos federais, uma
campanha diferente para as motos, porque elas são ponto principal dos
acidentes”, sugere.
O seguro.
Para receber o benefício, as vítimas devem apresentar os documentos necessários no ponto de atendimento escolhido no prazo de três anos, a contar da data do acidente. No site da Seguradora Líder (http://bit.ly/2wG2rQ8) é possível encontrar a relação de locais de atendimento e os documentos necessários para cada tipo de indenização. Não é necessário advogado.
Para receber o benefício, as vítimas devem apresentar os documentos necessários no ponto de atendimento escolhido no prazo de três anos, a contar da data do acidente. No site da Seguradora Líder (http://bit.ly/2wG2rQ8) é possível encontrar a relação de locais de atendimento e os documentos necessários para cada tipo de indenização. Não é necessário advogado.
O
valor da indenização é de R$ 13.500 no caso de morte, até R$ 13.500 nos casos
de invalidez permanente - variando conforme o grau da invalidez - e de até R$
2.700 em reembolso de despesas médicas e hospitalares comprovadas. O pagamento
é feito em conta corrente ou poupança da vítima ou de seus beneficiários, em
até 30 dias após o envio da documentação exigida.
Combate a fraudes.
O setor de Combate à Fraude da Seguradora Líder-DPVAT mapeou, no primeiro semestre do ano, 7.089 tentativas de fraudes no país. Em valores reais, a seguradora evitou
R$ 90,4 milhões em perdas.
O setor de Combate à Fraude da Seguradora Líder-DPVAT mapeou, no primeiro semestre do ano, 7.089 tentativas de fraudes no país. Em valores reais, a seguradora evitou
R$ 90,4 milhões em perdas.
Somando
esses recursos àqueles decorrentes de negativas técnicas e ações judiciais
ganhas (por julgamento do mérito), a Seguradora deixou de pagar indenizações
que, se consumadas, elevariam as perdas a R$ 432,3 milhões.
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