Globo/Tata Barreto
A
atriz Rogéria morreu na segunda-feira (04), aos 74 anos, devido a
complicações decorrentes de uma infecção urinária. A informação foi
confirmada pelo hospital Unimed, da Zona Oeste do Rio de Janeiro, onde a
atriz estava internada.
Rogéria teve infecção urinária grave.
Em
julho deste ano, a artista foi hospitalizada em uma clínica de
Laranjeiras, na Zona Sul da capital fluminense, devido a uma infecção urinária
que havia se tornado generalizada, mas recebeu tratamento e ganhou alta
duas semanas depois.
Já
em 8 de agosto, a doença voltou a se manifestar e levou a
artista a ser internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
da Unimed-Rio.
Nos
últimos dias, o estado de saúde se complicou e ela sofreu choque séptico, condição caracterizada por uma infecção generalizada que
leva a uma inflamação descontrolada do organismo.
A
artista carioca, que já foi vedete e participou de novelas e programas de
humor, deixa o legado de ter sido uma das primeiras transexuais a
fazer sucesso na mídia.
Infecção urinária pode causar choque séptico.
Segundo
o urologista Flávio Áreas, do Hospital 9 de Julho, a infecção urinária é
uma condição muito comum, mas isso não significa que não seja perigosa.
"As
infecções urinárias vêm de fora pra dentro: a bactéria entra pelo canal da
uretra e, na maioria dos casos, se aloja na bexiga", explica o
médico. Nesse caso, o tratamento é mais simples e consiste no uso de
antibióticos.
Contudo,
se o paciente não se tratar corretamente ou tiver condições que debilitam o
organismo, o micro-organismo pode continuar o trajeto por meio do ureter e
chegar aos rins, criando uma infecção muito mais perigosa.
"Ela
tem potencial de atingir a corrente sanguínea e disseminar a bactéria por todo
o corpo, gerando o choque séptico, quadro gravíssimo que pode levar à morte,
como ocorreu com a Rogéria", ressalta o especialista.
Fatores de
risco elevam a chance de complicação.
Suttha Burawonk/shutterstock
O
risco de evolução para sepse é especialmente maior em pacientes que
têm infecções urinárias de
repetição. "Nesses casos, o
organismo fica resistente aos remédios que são sempre usados", explica o
urologista.
O
médico também ressalta que, após cada crise, é comum que o corpo entre em um
processo de recuperação, em que fica mais frágil. No caso de Rogéria, as
bactérias provavelmente aproveitaram este período para atacar novamente.
Como se
proteger.
"Para
evitar isso, é indicado fazer o tratamento adequado e mantê-lo por alguns
meses, a fim de proteger o corpo nessa fase. Exames de sangue, urina e
mudanças de hábitos - como tomar água e evitar relações sexuais - também
devem ser feitos nos meses seguintes, especialmente em quem tem esse problema
com frequência", recomenda.
Além
disso, idosos e pessoas com doenças que afetam o sistema imune são mais
propícios a terem o problema, já que têm o organismo debilitado.
Sinais de infecção urinária e renal.
aslysun/Shutterstock
A
infecção na bexiga causa ardência, dor no canal da uretra, vontade incessante
de ir ao banheiro e, em alguns casos, febre baixa.
Já a
infecção nos rins provoca dor na coluna lombar, febre alta, cefaleia,
dores no corpo e vômito, mas nem sempre manifesta incômodo ao fazer xixi.
Apesar
das diferenças, ambos os casos requerem auxílio médico, já que a falta de
tratamento aumenta o risco de agravamento.
Riscos de infecção urinária.
Infecção de urina que sempre volta: o que pode ser, prevenção e tratamento Infecção urinária com sangue é
perigoso? O que significa? Tratamento caseiro para infecção
urinária funciona? Veja o que é
verdade
Nenhum comentário:
Postar um comentário