Golpes estão cada vez mais numerosos e sofisticados.
A guerra cibernética não para de crescer e os golpes estão cada vez mais
numerosos e sofisticados. Entre o segundo e terceiro trimestre de 2017, por
exemplo, o Brasil registrou um aumento de 44% no número de ataques digitais,
segundo o relatório divulgado pelo DFNDR Lab, laboratório especializado em
cibercrime.
O estudo revela que o número de cibercrimes efetuados via malware
cresceram 49% no período, passando de 3,74 milhões no segundo trimestre para
5,58 milhões. Já os ataques via links maliciosos aumentaram em 44%, de 45,72
milhões para 65,78 milhões.
Ainda que os malwares tenham apresentado uma maior taxa proporcional de
crescimento, os links maliciosos já são 12 vezes mais usados em ataques no
Brasil. A previsão do DFNDR Lab é que esse índice aumente 70% nos últimos três
meses do ano, atingindo 112 milhões.
O relatório também traz tendências e estimativas de golpes que devem se
destacar nos próximos meses. Dentre elas, os perfis falsos no Facebook que se
passam por grandes empresas varejistas se destacam com mais força.
Nesta armadilha, ao clicar em falsas ofertas publicadas por esses
perfis, o usuário é enviado a um site que imita os oficiais das companhias e,
dessa forma, fornece seus dados bancários e pessoais acreditando que está
adquirindo um produto.
O diretor do DFNDR Lab, Emílio Simoni, explica que hackers apostam em
golpes que podem ser facilmente compartilhados nas redes sociais para ganharem
escala com velocidade.
"Empresas e governos foram, historicamente, alvos preferenciais de
hackers por possibilitarem ganhos expressivos e acesso a informações valiosas.
No entanto, eles sempre possuíram melhores defesas que o cidadão comum. Ao
atacar diretamente as pessoas, cibercriminosos diminuem o risco de serem
expostos ou presos, mas precisam atacar em grande escala para serem
lucrativos", explica.
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