FONTE: Sri Prem Baba,
(http://prembaba.blogosfera.uol.com.br).
Já faz algum tempo que dedico minha energia para
falar sobre a importância de encontrarmos nosso propósito de vida. É ele quem
orienta o que viemos fazer no mundo e abre portas para a realização, paz e
felicidade. Mas uma coisa é fato: vivendo no mundo materialista em que vivemos
se faz necessário que esse propósito seja autossustentável, garantindo sua
sobrevivência e atendendo a todas as suas necessidades. Por isso, decidi falar
um pouco sobre a energia do dinheiro para que possamos ser mais objetivos em
relação a ele.
Percebo que muitas pessoas estão decididas a
encontrar seu propósito de vida mas, para isso, escolhem se desconectar do
mundo, esperando que ele se revele. Dessa forma, criam situações bem difíceis
para si próprias, tornando-se dependentes financeiramente e deixando na mão dos
outros a responsabilidade pelo próprio sustento. Isso quando não se envolvem em
dívidas e outros imbróglios.
Isso não é inteligente. É um truque da sombra para
te fazer sofrer. Às vezes, enquanto você não tem clareza do seu propósito,
precisa trabalhar com outras coisas para garantir seu sustento e criar
oportunidades para o novo chegar sem tanta turbulência. Essa transição precisa
ocorrer naturalmente até que você saiba o caminho a tomar. Assim, você passa a
trabalhar com consciência de que está em uma transição e, na medida do
possível, escolhe algo minimamente prazeroso para fazer enquanto abre espaço
interno para escutar qual é o seu propósito e como manifestá-lo.
Para haver paz, é fundamental que você tenha suas
necessidades atendidas mas, para isso acontecer, é necessário se harmonizar com
a energia do dinheiro –nem o valorizando demais nem de menos. Entenda melhor o
que quero dizer: o dinheiro por si só é uma energia neutra.
Porém, tendemos a projetar nele uma série de
conteúdos psicoemocionais que estão intimamente relacionados ao processo de
educação vivido na infância. Por exemplo, uma criança que não recebeu afeto dos
pais, mas “em troca” ganhou presentes materiais, deverá atrelar o dinheiro a
conteúdos afetivos.
Ela possivelmente usará uma lente colorida para
esconder de si própria o desamor que sentiu, encontrando no dinheiro uma
recompensa para o fato de não ter sido amada. Dessa maneira, ficará difícil
lidar com o dinheiro de forma direta.
Pode haver casos em que a criança ouviu dos pais
que não se pode enriquecer com honestidade, tornando essa energia suja e
contaminada, assim como situações em que por ter passado necessidades
materiais, a pessoa fique obstinada em acumular para não ter que reviver isso.
Outros carregam culpas porque o dinheiro pode
proporcionar prazeres e o prazer, de maneira geral, é um grande tabu para nós.
Mas o fato é que, em algum momento, teremos que nos harmonizar também com o
prazer, até que possamos encontrar a bem-aventurança e a felicidade duradoura.
Em resumo, o dinheiro é um tremendo poder. Se você
o respeita, ele pode facilitar a sua jornada. Se você não o respeita, ele pode destruí-lo.
Respeitá-lo significa dar a ele o seu devido lugar: de um instrumento que deve
estar a serviço do amor, do coração. Tudo aquilo que distorce sua percepção
sobre ele e te faz andar contra o fluxo da prosperidade são crenças de que você
não merece ser feliz e viver em paz.
O medo da escassez nada mais é do que um mecanismo
do eu-inferior de autopunição que precisa ser visto com coragem e verdade, para
que possa ser transformado em confiança.
Em linhas gerais, a real riqueza nasce da plenitude
de quem já se libertou do medo da pobreza. Só assim você consegue seguir dentro
de uma corrente afirmativa, dando espaço para a prosperidade e a abundância,
confiando que nada lhe faltará.
Só assim você pode entregar seus dons e talentos
para o mundo com a confiança de que será provido de tudo o que precisar.
Para algumas pessoas dinheiro é Deus e elas passam
a vida dedicadas a acumulá-lo. Para outras, ele é o demônio e, portanto, não
podem ter um tostão no bolso para não se contaminarem. Em outras palavras,
lidamos com o dinheiro a partir da dualidade da mente e das imagens distorcidas
que carregamos.
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