São
Paulo – A crise econômica no Brasil tem levado o brasileiro a celebrar
menos casamentos.
É o que revela as Estatísticas do Registro Civil divulgadas nesta semana pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De
acordo com a pesquisa, 1.095.535 casamentos civis foram registrados em 2016 –
uma queda de 3,7% em relação ao ano anterior.
A
redução foi observada em todas as grandes regiões do país, tanto nos
matrimônios entre cônjuges de sexos diferentes quanto entre cônjuges do mesmo
sexo – com exceção das regiões Sudeste e Centro-Oeste, que apresentaram aumento
nos casamentos homoafetivos, de 1,6% e 7,7%, respectivamente.
Segundo
a gerente da pesquisa de Registro Civil do IBGE, Klivia Brayner, a principal
hipótese para o resultado é a crise econômica enfrentada pelo país, que fez a
população economizar mais.
A
pesquisa também mostrou que entre os 27 estados brasileiros, 20 apresentaram
redução dos casamentos civis entre 2015 e 2016, sendo que Piauí (-13,2%),
Alagoas (-12,5%) e Paraíba (-11,3%), tiveram reduções acima de 10,0%. Na
contramão, o Amapá se destaca pelo aumento de 20% número de uniões no período.
Por
outro lado, o número de divórcios cresceu no período: 344.526 brasileiros
se divorciaram no ano passado – em 2015, 328.960 casais tomaram a mesma
decisão. A maior proporção das dissoluções ocorreu nas regiões
Sudeste (2,69%), Centro-Oeste (2,60%) e Sul (2,42%) do país.
Veja outros fatos sobre os casamentos e
divórcios no Brasil:
Brasileiros se casam por volta dos 30 anos.
Em
média, os homens costumam subir ao altar com 30 anos de idade e as mulheres por
volta dos 28 anos. Considerando as uniões entre pessoas do mesmo sexo, a
idade média dos cônjuges é de 30 anos.
Já
os divórcios acontecem quando o homem tem em média 43 anos e a mulher, 40 na
data do divórcio. No geral, segundo o IBGE, o tempo médio entre a data do
casamento e a data da sentença ou escritura do divórcio é de 15 anos.
São Paulo é o estado
campeão de casamentos.
Em
números absolutos, o estado de São Paulo registrou 296.545 matrimônios em 2016
– mas teve queda de 2,9% em relação ao ano anterior. Minas Gerais e Rio de
Janeiro aparecem em segundo e em terceiro lugar com 110.201 e 105.962 uniões,
respectivamente.
Amapá
(2.764), Acre (5.121) e Tocantins (6.761) foram as unidades com o menor número
de casamentos no ano passado.
Número de casamentos
gays cai
pela primeira vez desde 2013.
Desde
que a resolução que permite a união civil entre casais homossexuais foi
aprovada no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2013, o número de
casamentos homoafetivos só acelerou. Em 2016, no entanto, 5.354 casamentos
foram registrados – uma queda de aproximadamente 5% em relação ao ano
passado.
A
região Sudeste do Brasil foi palco da maior quantidade de casamentos entre
cônjuges do mesmo sexo: 3.125 uniões. Já a região Norte teve apenas 195
casamentos no ano.
Dezembro é o mês
queridinho dos noivos.
O levantamento
também mostrou que dezembro é o mês favorito dos casais brasileiros: no total,
127,6 mil cerimônias foram celebradas.
Por
outro lado, fevereiro é o que menos agrada os noivos – foram registradas
somente 69,9 mil uniões no mês.
Casais com filhos
menores de idade são os que mais se divorciam.
A
maior proporção das dissoluções ocorreu em famílias constituídas
somente com filhos menores de idade (47,5%)
e em famílias sem filhos (27,2%).
Vale
destacar que há predominância das mulheres permanecerem com a guarda dos filhos
menores após o divórcio. Em 2016, essa proporção foi de 74,4%.
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