FONTE: Colaboração para o
UOL, (http://noticias.uol.com.br).
Uma descoberta promissora promete
esperança aos pacientes com leucemia: uma nova terapia genética conseguiu a
remissão desse tipo de câncer em 73% de seus portadores, informou a revista
especializada "Nature Medicine", que na segunda-feira (20) publicou o
estudo.
Nessa forma de tratamento, as células
que protegem o organismo são retiradas do paciente para serem modificadas em
laboratório: a missão é ensiná-las a reconhecer o tumor. Já alteradas
geneticamente, essas células voltam para o corpo, agora prontas para o combate.
Os dados são animadores porque o
tratamento conseguiu resultados mesmo entre aqueles que já tinha passado, sem
sucesso, por outros métodos de terapia genética.
A nova terapia modifica as células de
defesa do tipo T. A novidade do tratamento é que elas são preparadas para
atacar especificamente o antígeno CD 22, presente nas células cancerígenas.
Um antígeno é a parte doente das
células que desperta a reação do sistema imunológico. Nas terapias genéticas
testadas até agora, os cientistas tentavam a destruição do antígeno CD 19. O
problema é que essa estrutura se perde naturalmente ao longo do tempo.
Como o CD 22 se mantém no organismo,
o novo tratamento mirou essa estrutura em 21 crianças e adultos. O resultado é
que 73% dos pacientes viram o tumor desaparecer, incluindo cinco pacientes que
já haviam passado por testes que atacavam o CD 19.
Os cientistas chamam a atenção para o
fato de que a doença só voltou nos pacientes em cujo tumor havia baixa
densidade do CD 22. A conclusão indica a necessidade de grande concentração
dessa estrutura para que a nova terapia tenha sucesso.
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