Já houve períodos na história que relacionamentos
entre primos eram incentivados para preservar o patrimônio da família. A ficção
já usou bastante esse tipo de relação e, na vida real, existem até casos
famosos, como o da Rainha Elizabeth II, casada com seu primo, Príncipe Philip,
e de Charles Darwin, que era casado com sua prima, Emma Wedgwood.
Só que entre os seres menos notáveis, o
relacionamento ainda gera preconceitos. Há uma questão moral por trás: muita
gente acredita que esta seja uma relação de incesto. “Isso depende muito mais
da cultura de um país ou da crença religiosa. Nos Estados Unidos, há estados
onde é proibido o casamento entre primos, outros em que há algumas restrições e
aqueles em que é permitido. No Brasil, o casamento entre primos é permitido,
mas por crença religiosa acaba sendo algo errado para muitos”, conta psicóloga
Valéria Ribeiro, especialista em Desenvolvimento Humano.
Começa na adolescência.
É na adolescência que o interesse por um primo ou
uma prima pode ser mais intenso, porque o jovem tem uma segurança maior nesse
núcleo para experimentar, conta a psicóloga Márcia Dolores Resende de Lima.
“Você descobre muitos sentimentos com as pessoas próximas, além das afinidades,
claro. O amor tem a ver com afinidades”, diz.
Se a aproximação e as brincadeiras “de namoro” entre os primos começarem na infância, os pais devem tratar de maneira tranquila. ”É prematuro se preocupar com esta questão quando eles são crianças”, declara. Já na adolescência, é importante que haja diálogo. “É fundamental que os pais participem da vida afetiva e sexual dos filhos, independentemente de ser com primo ou não, a fim de orientá-los. Com conversa, o adolescente pode se preparar para lidar com as limitações”, explica Márcia. E também com o preconceito que podem ter de encarar entre a família.
E lembre-se: não adianta proibir. “Proibição e repressão podem estimular muito mais a estes primos querer se conhecerem melhor”, conta a psicóloga Carla Ribeiro, especializada em Sexualidade Humana. Sabe aquela história de que o que é proibido é mais gostoso? Então...
Se a aproximação e as brincadeiras “de namoro” entre os primos começarem na infância, os pais devem tratar de maneira tranquila. ”É prematuro se preocupar com esta questão quando eles são crianças”, declara. Já na adolescência, é importante que haja diálogo. “É fundamental que os pais participem da vida afetiva e sexual dos filhos, independentemente de ser com primo ou não, a fim de orientá-los. Com conversa, o adolescente pode se preparar para lidar com as limitações”, explica Márcia. E também com o preconceito que podem ter de encarar entre a família.
E lembre-se: não adianta proibir. “Proibição e repressão podem estimular muito mais a estes primos querer se conhecerem melhor”, conta a psicóloga Carla Ribeiro, especializada em Sexualidade Humana. Sabe aquela história de que o que é proibido é mais gostoso? Então...
“O que os parentes vão pensar?”
Um dos grandes desafios de ter filhos que namoram
primos (pelo menos, assumidamente) é que todos os parentes acabam se envolvendo
mais do que deveriam. Por isso, quando o casal decide se relacionar, é preciso
dar um tempo a eles – sem que o romance seja divulgado – para que amadureçam os
sentimentos e percebam se o lance é sério ou diversão passageira, conta
Valéria. E ela completa: “Se o casal realmente se gosta e quer ficar junto, é
preciso que as famílias respeitem, não importa se aprovam ou não a união”.
O fator genético.
Um dos grandes tabus sobre a união entre primos é o
medo de que os filhos destes casais possam ter alguma deficiência, sobretudo
entre primos de primeiro grau. Segundo o médico geneticista Zan Mustacchi,
pediatra e presidente do Departamento de Genética da Sociedade Brasileira de
Pediatria, o risco é de 10%, sendo que casais que não têm parentesco têm 2% de
probabilidade. Se o primeiro filho nasceu com alguma deficiência, a chance de o
segundo também ter aumenta para 25%. “As doenças ligadas ao casamento
consanguíneo podem expressar-se não necessariamente ao nascer, elas também
aparecem ao longo da vida”, diz o especialista.
Mas cada caso deve ser avaliado individualmente,
porque o risco varia entre famílias. Se o casal decidir ter um filho, eles
podem procurar aconselhamento genético. O médico especialista vai investigar a
incidência de doenças familiares e fazer testes específicos para saber se
carregam a propensão a elas em seu DNA.
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