FONTE: Do VivaBem, em São Paulo, http://vivabem.uol.com.br
O número de pessoas que aderiu ao vegetarianismo
ou ao menos diminuiu o consumo de carne aumentou em 2017 --e este é um dado
otimista. Isso porque as pesquisas mostram com cada vez mais propriedade que o alto
consumo de carne aumenta os riscos de câncer.
A própria OMS (Organização Mundial da Saúde)
avaliou estudos sobre essa relação e concluiu que, por exemplo, 50
gramas diários de carne processada aumentam o risco de câncer colorretal em 18%.
Entre as carnes processadas, estão produtos como linguiça, bacon, presunto e
salsicha.
Além disso, os dados mostraram que carnes
vermelhas --como de porco e cordeiro-- são “provavelmente cancerígenas para os
humanos”.
“O bom é
evitar a carne processada e diminuir a carne vermelha de forma geral. E
preencha o espaço que a carne ocupava no prato com muitos vegetais, esses você
pode comer muito e sempre”, diz Eric Slywitch, nutrólogo da Sociedade
Vegetariana Brasileira.
Estudos mostram que dietas vegetarianas tendem a
reduzir a gordura ingerida e que o uso de alimentos naturais e integrais são
altamente eficientes para reduzir os níveis de insulina.
“Diminuir a insulina é ótimo, pois em altos
níveis ela influencia no crescimento de tumores. Uma dieta vegana, que reduz
essa substância no organismo, evita o estímulo para a proliferação de células
tumorais”, explica Slywitch.
Dica? Lembre-se que quanto mais gordura saturada
mais insulina. Carnes gordurosas, manteiga e laticínios, são alimentos ricos
nesta gordura indesejada.
O nutrólogo também explica que o reino vegetal
tem substâncias que protegem nosso corpo. “Existem substâncias que não tem
valor nutricional, mas que melhoram nossa saúde. Um exemplo são os
antioxidantes, presentes em excesso em alimentos roxos como o repolho, que
fortalecem o sistema imunológico e ajudam a prevenir o câncer.”
Consumo de carne
vs. Câncer.
Saiba que um estudo publicado em 2013 pela
Universidade de Loma Linda, nos Estados Unidos, avaliou mais de 69 mil onívoros
e vegetarianos e encontrou 2.939 casos de câncer. A correlação de achados
mostrou que a dieta ovolactovegetariana (não consomem nenhum tipo de carne, mas
ingerem laticínios e ovos) proporcionou proteção contra câncer
gastrointestinal. Já a dieta vegetariana estrita mostrou redução de todos os
tipos de câncer.
“Os estudos mostram o aumento de risco de câncer
para consumo de muita carne processada e carne vermelha, mas não entre em
desespero se não for vegetariano. O câncer também depende de fatores
ambientais, como uso de bebidas alcoólicas, tabagismo, sedentarismo, radiação,
além de fatores genéticos”, explica Ângela Cristina Bárbaro, nutricionista do
HCor Oncologista.
“Não leve tanto ao pé da letra. Nós não podemos
confirmar que vegetarianos com certeza não terão câncer. E nem que quem come
processados necessariamente terá. Mas exagerar na carne processada aumenta suas
chances”, completa Ângela.
Mas anote essa dica: carnes muito queimadas, com
crostas crocantes, como acontece no churrasco, são ainda piores, de acordo com
o Slywitch. “Cozinhar em altas temperaturas ou com a carne em contato direto
com a chama ou a superfície quente produz substâncias químicas cancerígenas.
Deixe as partes queimadas no prato”, afirma o nutrólogo.
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