FONTE: Danilo Lavieri, Dassler Marques, João Henrique Marques, Pedro Ivo Almeida e Ricardo Perrone, Do UOL, em Moscou e Sochi (Rússia) https://esporte.uol.com.br
Após alguns dias de
reclusão, o engenheiro eletricista Alexandre Nazareno, 40 anos, resolveu falar
e mostrar as marcas da agressão que sofreu na noite da última quinta-feira
(21).
Alexandre alega que, cerca de uma hora depois de uma ofensa a Coronel Nunes,
presidente da CBF que jantava em restaurante em São Petersburgo, foi atacado
pelo assessor Gilberto Barbosa, mais conhecido como Giba. A CBF o enviou de volta ao Brasil.
Na versão apresentada
ao UOL Esporte por Alexandre, que agora está em Moscou para torcer em Brasil x
Sérvia, o assessor do Coronel Nunes teve uma reação desproporcional depois que
ele, paraense como o cartola, disse “Só está mamando, né, safado?”, em crítica
às ações recentes do atrapalhado presidente da CBF em viagem à Rússia. A
entidade, e os próprios Nunes e Giba, se calaram oficialmente diante do
episódio. Fontes da confederação tinham afirmado que foi Nazareno o responsável
pela primeira agressão, o que ele nega, assim como especulações de que tinha
problemas pregressos com o Coronel.
“Como qualquer pessoa
indignada, fui até a mesa do Coronel Nunes e fui crítico com ele. Só tive
coragem de dizer umas palavras que muitas pessoas pensam e não dizem. Fui
indelicado, interrompi sua privacidade, mas qualquer pessoa pública está
sujeita a isso”, argumentou.
Alexandre afirma não
estava alcoolizado e diz que só havia tomado “dois copos de cerveja” no
restaurante. Depois de ser agredido e revidar, ele conta que o assessor de
Nunes pegou um copo de vidro e quebrou em sua cabeça. Foram quatro cortes no
rosto, conforme mostra a imagem registrada nesta terça (26). Os amigos, diz
Nazareno, o impediram de dar sequência à confusão.
“Meu sentimento é de
indignação. Até onde sei, está tudo normal com o agressor, como se nada
houvesse acontecido. Sei que posso ser processado pelo Coronel Nunes pelas
palavras que disse, mas em relação ao que esse agressor fez comigo gostaria
muito que fosse punido. Foi uma lesão grave e desproporcional”, define o
engenheiro.
Com o rosto
ensanguentado, Alexandre Nazareno priorizou, no momento da briga, o cuidado com
os ferimentos. A polícia russa e os funcionários do restaurante se
prontificaram a ajudar, mas o agredido se dirigiu a um hospital local, onde
afirma ter sido bem atendido. Nazareno desconhece o número de pontos que
recebeu, mas estima o atendimento em cerca de 10 horas. Ninguém da CBF, segundo
ele, fez contatos nem prestou assistência.
Assustado com a
repercussão e incomodado com os cortes, Alexandre Nazareno só voltou a acessar
suas redes sociais depois de cinco dias. Na volta ao Brasil com a conclusão da
Copa na Rússia, ele afirma ainda que pretende ir à Justiça com a companhia do
pai e dos amigos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário