O inverno começou
oficialmente na quinta-feira (21) e junto com ele chega um aumento no risco de
sofrer doenças
do coração. Uma pesquisa realizada pela Sociedade Beneficente
Israelita Brasileira Albert Einstein mostra que no frio há 30% mais internações
por causa desses problemas.
A pesquisa considerou
todas as internações por insuficiência cardíaca e infarto
agudo do miocárdio registradas em 61 hospitais públicos da
capital paulista entre janeiro de 2008 e abril de 2015.
Os dados fazem parte do
Cadastro Nacional de Saúde, do Sistema Único de Saúde (SUS). Foram consideradas
também as temperaturas mínimas, máximas e médias em cada período ao longo
desses sete anos. A pesquisa também mostrou um aumento no número de internações
por insuficiência cardíaca nesse período, principalmente em pacientes com mais
de 40 anos.
Coração fica
sobrecarregado no frio.
No frio, os vasos
sanguíneos se contraem ainda mais e há maior liberação de adrenalina, o que faz
subir a pressão arterial. Outro fator que também contribui para o problema são
as doenças
respiratórias. Elas aparecem com maior frequência,
sobrecarregam o coração e fazem com que o órgão trabalhe ainda mais.
Já quando o indivíduo
ficar gripado, o vírus influenza é capaz de causar inchaço e inflamação das
coronárias, liberando placas de colesterol que podem bloquear e interromper
o fluxo sanguíneo.
Poluição também é
prejudicial.
Além da queda de
temperatura, o aumento do número de doenças cardíacas pode estar ligado a
condições ambientais das grandes cidades.
O estado de São Paulo,
por exemplo, possui cerca de 12 milhões de habitantes e uma frota de 8,64
milhões de veículos. No inverno, a baixa umidade relativa do ar, a falta de
chuva e a inversão térmica são fatores que impedem a dispersão dos poluentes
como monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio e enxofre, piorando a qualidade
de centros urbanos.
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