A asma
é uma doença inflamatória dos brônquios que, em geral, começa na infância.
Em condições normais, esses pequenos tubos localizados nos pulmões estão
desobstruídos e são responsáveis por conduzir o ar aos alvéolos pulmonares.
Na maioria das vezes, a
crise asmática é provocada por reações alérgicas a
elementos como pelos de animais, mofo, ácaro e fumaça. Esse
processo tem a participação de uma proteína chamada imunoglobulina E ou IgE.
Ela reage à presença dos agentes estranhos liberando substâncias como a
histamina, que aperta os brônquios e faz a musculatura se contrair. Para
dificultar a passagem do ar ainda mais, substâncias inflamatórias provocam uma
superprodução de muco.
Nem sempre, porém, o
fenômeno é alérgico. Mudanças climáticas, infecções
virais e problemas emocionais também podem disparar a
asma. Exercícios físicos muito intensos são outro perigo para quem tem
tendência a sofrer desse mal. Isso porque, com a frequência respiratória muito
acelerada, o ar chega menos úmido aos pulmões, provocando a falta de ar.
Embora seja uma
condição que se carrega pela vida toda, os sintomas da asma tendem a ficar
menos frequentes na vida adulta.
Sinais
e sintomas.
– Tosse
– Chiado no peito
– Falta de ar
– Respiração ofegante
– Nas crises mais
graves, taquicardia, suor, dor no peito
Fatores
de risco.
– Doenças virais
– Mudanças bruscas de
temperatura
– Ar seco
– Esforço físico
– Ácaros
– Predisposição
genética
A
prevenção.
Como a maioria das
crises de asma tem um pano de fundo alérgico, pessoas com tendência a sofrer
dessa doença crônica precisam de um cuidado especial para manter o
ambiente livre de agentes irritantes.
Tapetes, carpetes,
cortinas e bichos de pelúcia são focos
de poeira e, por isso, devem ser evitados na decoração de casa.
A superfície de móveis
e os cantinhos, além do piso, precisam ser limpos com pano úmido para não
permitir o acúmulo de pó. Pelos de animais de estimação também
costumam ser estopim de crises asmáticas.
Fumaça de cigarro, produtos
de limpeza ou perfumes fortes são outros gatilhos das crises. Alimentos
industrializados, por causa de substâncias conservantes, entram na lista de
agentes capazes de provocar a dificuldade respiratória.
Manter as janelas
abertas para que o ar entre e ventile o ambiente é providência bem-vinda para
proteger as pessoas suscetíveis ao problema.
O
diagnóstico.
A análise do histórico
de dificuldades respiratórias é um fio condutor importante para flagrar a asma.
Por isso, o médico deve ser informado de casos da doença na família e
de pormenores das crises: a frequência, o horário em que elas ocorrem com mais
frequência, se fumaça ou a ingestão de algum alimento estão relacionadas ao
aparecimento de sintomas como tosse e chiado.
Raios X do tórax,
para descartar outras doenças pulmonares, e testes de alergia são
procedimentos auxiliares na investigação. O especialista se cercará ainda de
exames específicos, caso da espirometria, que mede a quantidade de
ar que uma pessoa consegue aspirar e expirar. A técnica – usada não apenas para
comprovar a asma, mas para classificar a gravidade do quadro infeccioso – é
realizada com um aparelho conectado ao paciente por meio de um bocal.
Índices de entrada de
ar muito baixos são evidência de estreitamento dos brônquios e confirmam a
asma. O resultado da espirometria, contudo, pode ser normal se o procedimento
for realizado num momento em que o asmático não está sob ataque da doença. Por
isso, se a dúvida persistir, o médico poderá solicitar uma segunda prova, a
chamada broncoprovocação. Neste caso, a pessoa repete a
espirometria depois de inalar um produto capaz de provocar broncoconstrição
apenas em quem sofre de asma.
O
tratamento.
Seja a pessoa alérgica
ou não, uma das primeiras medidas é manter a vítima longe dos fatores de risco.
É importante também seguir à risca as recomendações e prescrições do médico.
Isso porque a doença requer cuidado contínuo. Quando não recebe a devida
atenção, ela pode levar à hospitalização e até à morte.
O tipo de medicamento,
a dosagem e o tempo que ele deve ser usado varia de acordo com o paciente e a
gravidade do quadro. Nos casos leves, para o alívio dos sintomas, a
recomendação é usar o broncodilatador – que os especialistas chamam de
beta2-agonista – que só deve ser recrutado na hora da crise para relaxar os
músculos contraídos. O remédio é administrado por nebulização ou pelas
conhecidas bombinhas e, em geral, são feitas até três inalações em um período
de 60 minutos.
Nas manifestações
moderadas e severas, além de estabelecer um plano de ação para as crises, o
especialista costuma prescrever um tratamento preventivo, à base de
anti-inflamatórios com corticoides.
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