É melhor tomar cuidado
com aquela história de comer por dois durante a gravidez. De acordo com um novo
estudo, os hábitos nutricionais e o metabolismo da mãe afetam diretamente o
crescimento do filho. Publicada no periódico Nature
Communications na quarta-feira (23) e liderada por
pesquisadores da Universidade de Saúde e Ciência de Oregon, nos Estados Unidos,
a pesquisa descobriu por que os hábitos alimentares da mãe influenciam tanto
o filho.
Os cientistas
perceberam que dois neurônios essenciais para o crescimento e metabolismo (o
GHRH e o AgRP) estão interconectados para o desenvolvimento do bebê. Localizado
na região do hipotálamo, o GHRH orquestra o crescimento e a maturação do corpo.
Enquanto isso, o AgRP estimula a alimentação e suprime o uso de energia.
Para entender como
esses neurônios são desenvolvidos, a equipe de pesquisa catalogou várias
proteínas expressas no hipotálamo de camundongos e analisou suas funções.
"Descobrimos que uma proteína específica chamada DLX1 é fundamental para o
desenvolvimento do neurônio GHRH. No entanto, também suprime o desenvolvimento
do AgRP", explica Jae W. Lee, autor do estudo. "Quando a DLX1 foi
removida, o crescimento do camundongo foi atrofiado e ele se tornou
obeso."
De acordo com Lee, no
futuro, o desenvolvimento de ambos os neurônios pode ser artificialmente
pré-ajustado no controle do crescimento pós-natal. Agora, os pesquisadores
estão trabalhando para determinar se a DLX1 pode ser controlada pela dieta.
Testando tanto dietas ricas em gordura quanto pobres em proteínas em
camundongos, Lee espera identificar como a comida afeta a constituição genética
de um bebê no útero.
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