Recentes estudos podem
abrir portas para um novo tratamento para a doença de Alzheimer. Tudo começou
quando, no mês passado, uma pesquisa encontrou fortes evidências de que os
vírus do herpes podem estar fortemente envolvidos nos casos de demência. Com
essa informação, cientistas analisaram se remédios contra herpes também teriam
efeito contra o Alzheimer.
Pode parecer um dado
muito doido, mas outros três estudos reforçaram a ligação entre o Alzheimer e a
herpes, e foram todos publicados no periódico científico Journal of
Alzhiemer’s Disease.
As pesquisas sugerem
que a infecção aguda por herpes-zóster --doença popularmente conhecida como
“cobreiro”-- expõe os pacientes a maiores riscos de demência, e existem artigos
que mostram que o tratamento agressivo com remédios anti-herpéticos reduz
drasticamente as chances de demência.
Em um estudo sobre a
medicação, os cientistas acompanharam 8.362 pessoas com 50 anos ou mais que
receberam diagnóstico de infecção pelo vírus herpes simples, e 25.086
voluntários saudáveis na mesma faixa etária. Ambos grupos foram analisados por
quase uma década, de 2001 a 2010.
Os resultados mostraram
que, no grupo com herpes, o risco de demência foi mais de 2,5 vezes maior do
que no grupo saudável. Significativamente, o estudo também revelou que o
tratamento antiviral agressivo reduziu o risco relativo de demência em 10
vezes.
Os médicos e
pesquisadores afirmaram que esta foi a primeira evidência populacional de uma
ligação causal entre a herpes e a doença de Alzheimer, um achado importante que
pode sugerir novos tratamentos para a demência ou até mecanismos de prevenção,
tentando evitar o contágio de herpes.
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