quarta-feira, 15 de agosto de 2018

HIPOTIREOIDISMO INFANTIL NÃO PODE PASSAR DESPERCEBIDO...






Endocrinopediatra explica sobre a disfunção da tireoide mais comum em crianças.

      

Quando se fala em disfunções da tireoide, logo os pensamentos se voltam aos adultos, mas esse não é um problema exclusivo dessa faixa etária. Devido a uma redução na produção dos hormônios da tireoide, T3 e T4, que são importantes para várias funções do corpo, o hipotireoidismo também acontece em bebês e crianças.

Essa é a doença hormonal mais frequente na infância, explica o endocrinopediatra da Endoclínica São Paulo, Dr. Francisco Lima. “A principal causa do hipotireoidismo é uma doença autoimune, chamada Tireoidite de Hashimoto, caracterizada por um conjunto de doenças inflamatórias que afetam a glândula da tireoide. Outras causas são mais raras, por exemplo, quando a tireoide não está no local correto”, explica o especialista.

Há também o hipotireoidismo congênito, doença hereditária que pode ser detectada com o teste do pezinho logo na primeira semana de vida do bebê. Este tipo de alteração ocorre em aproximadamente um em cada 2 mil a 4 mil nascimentos e cerca de 10 a 20% dos casos são hereditários.

A tireoide é uma glândula localizada na região anterior do pescoço, seu hormônio controla a velocidade do metabolismo, isso inclui até os batimentos do coração ou como o organismo regula a temperatura do corpo. Se a quantidade de hormônios produzidos não é suficiente, a velocidade dessas funções também diminui.

Alguns sintomas em crianças mais velhas e adolescentes são similares àqueles do hipotireoidismo em adultos, como ganho de peso, fadiga, constipação, além do cabelo e da pele ásperos e secos. Já os sintomas que aparecem apenas em crianças incluem uma na velocidade do crescimento, atraso no desenvolvimento ósseo e inicio tardio da puberdade. “Não há uma idade recomendada para a criança realizar exames relacionados com a tireoide. Porém, com base nos sintomas e na avaliação clínica do pediatra, ela pode ser encaminhada para uma investigação mais aprofundada”, reforça Lima.

Embora não tenha cura, a disfunção pode ser controlada com reposição hormonal e acompanhamento médico. Assim, a criança pode levar uma vida normal e saudável.

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