Endocrinopediatra
explica sobre a disfunção da tireoide mais comum em crianças.
Quando se fala em
disfunções da tireoide, logo os pensamentos se voltam aos adultos, mas esse não
é um problema exclusivo dessa faixa etária. Devido a uma redução na produção
dos hormônios da tireoide, T3 e T4, que são importantes para várias funções do
corpo, o hipotireoidismo também acontece em bebês e crianças.
Essa é a doença
hormonal mais frequente na infância, explica o endocrinopediatra da Endoclínica
São Paulo, Dr. Francisco Lima. “A principal causa do hipotireoidismo é uma
doença autoimune, chamada Tireoidite de Hashimoto, caracterizada por um
conjunto de doenças inflamatórias que afetam a glândula da tireoide. Outras
causas são mais raras, por exemplo, quando a tireoide não está no local
correto”, explica o especialista.
Há também o
hipotireoidismo congênito, doença hereditária que pode ser detectada com o
teste do pezinho logo na primeira semana de vida do bebê. Este tipo de
alteração ocorre em aproximadamente um em cada 2 mil a 4 mil nascimentos e
cerca de 10 a 20% dos casos são hereditários.
A tireoide é uma
glândula localizada na região anterior do pescoço, seu hormônio controla a
velocidade do metabolismo, isso inclui até os batimentos do coração ou como o
organismo regula a temperatura do corpo. Se a quantidade de hormônios
produzidos não é suficiente, a velocidade dessas funções também diminui.
Alguns sintomas em
crianças mais velhas e adolescentes são similares àqueles do hipotireoidismo em
adultos, como ganho de peso, fadiga, constipação, além do cabelo e da pele
ásperos e secos. Já os sintomas que aparecem apenas em crianças incluem uma na
velocidade do crescimento, atraso no desenvolvimento ósseo e inicio tardio da
puberdade. “Não há uma idade recomendada para a criança realizar exames
relacionados com a tireoide. Porém, com base nos sintomas e na avaliação clínica
do pediatra, ela pode ser encaminhada para uma investigação mais aprofundada”,
reforça Lima.
Embora não tenha cura,
a disfunção pode ser controlada com reposição hormonal e acompanhamento médico.
Assim, a criança pode levar uma vida normal e saudável.
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