Aquele frio na barriga ou no estômago que sentimos quando estamos
ansiosos ou preocupados com alguma coisa e a sensação de fome, que pode gerar
até dor de cabeça, fazem parte de uma conexão constante entre o nosso cérebro e
o intestino.
Eles se comunicam de uma forma bastante dinâmica e complexa. Isso porque,
para quem não sabe, o intestino tem neurônios e aloja inúmeras bactérias que
participam de processos importantíssimos ao organismo.
Quando falamos em neurônios, são sim os mesmos que constituem o cérebro,
e eles também ficam alojados no abdômen e têm uma alta produção de serotonina,
a molécula que nos leva ao estado de bem-estar.
E eles não estão sozinhos: a flora intestinal, conhecida como microbiota,
também interfere na comunicação entre o cérebro e o intestino. Hoje, evidências
científicas mostram que problemas psicológicos e psiquiátricos podem não ter
apenas a sua origem no cérebro, como acreditava-se antes, mas sim sofrer grande
influência da microbiota.
A microbiota, por sua vez, tem imensa importância. Uma microbiota
intestinal equilibrada com o bem-estar do nosso sistema digestivo, reduz, por
exemplo, os casos de constipação e flatulência. E não é só isso. O ecossistema
presente no intestino, e habitado por inúmeras bactérias, contribui com a
regulação de várias funções fisiológicas, inclusive, com a produção de
imunidade contra os agentes patogênicos (possíveis causadores de doenças),
conforme apontou um estudo da Faculdade de Medicina do Imperial College London,
na Inglaterra.
Portanto, uma rotina que inclui a prática de exercícios físicos regulares
e uma alimentação balanceada ajuda a manter o bom funcionamento da microbiota
intestinal. E, se ela vai bem, o intestino também fica bem. E o cérebro acaba
se beneficiando desse bem-estar, assim como a saúde do corpo em geral. O
caminho é um só, procure ter sempre um estilo de vida saudável!
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