FONTE: Roberta Cerqueira (TRIBUNA DA BAHIA).
Terceira cidade com o maior número de casos do país – cerca de 2,5 mil novos infectados a cada ano –, Salvador lembrou o Dia Municipal de Combate à Tuberculose, ontem, buscando a conscientização da população, através de palestras, atividades culturais e uma caminhada no bairro de Pernambués, um dos mais atingidos pela doença, que mata cerca de 4% dos doentes, na capital baiana.
A pobreza e a falta de orientação dos moradores do bairro, com cerca de 110 mil pessoas, são apontadas pelo presidente do Conselho Comunitário, Genilson Gino, como as principais razões para a grande incidência. “Tem gente que não tem o que comer, aí não há remédio que resolva”, diz, estimando que cerca de 5% dos habitantes tenham contraído a doença.
Para tentar suprir a carência, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) oferece, através do Programa de Controle da Tuberculose, além do tratamento em 73 unidades de saúde básica da cidade, um auxílio-alimentação no valor de R$ 25 aos infectados pela bactéria.
Doença infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis, a tuberculose afeta principalmente os pulmões, mas também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).
Alguns pacientes não exibem nenhum indício da doença, outros apresentam sintomas aparentemente simples que são ignorados durante alguns meses ou anos. Contudo, na maioria dos infectados, os sinais e sintomas mais frequentes são tosse seca contínua no início, depois com presença de secreção por mais de quatro semanas, que pode evoluir para a presença de sangue, cansaço excessivo, febre baixa geralmente à tarde, sudorese noturna, falta de apetite, palidez, emagrecimento acentuado, rouquidão, fraqueza e prostração.
Os casos graves apresentam dificuldade na respiração; eliminação de grande quantidade de sangue, colapso do pulmão e acúmulo de pus na pleura (membrana que reveste o pulmão) – se houver comprometimento dessa membrana, pode ocorrer dor torácica.
No Centro de Saúde Edson Teixeira Barbosa, mais conhecido como PA de Pernambués, 30 pacientes infectados pela tuberculose são atendidos todos os meses. Durante o ano, cerca de 370 enfermos são tratados na unidade de saúde.
“Além de fornecer medicamentos, ajuda para a alimentação e todo o tratamento, vamos à casa das pessoas para orientar sobre os cuidados que devem ter para evitar a contaminação”, diz a gerente da unidade, Maria Dolores Fernandes, orientando sobre as formas de transmissão.
“A transmissão é direta, de pessoa a pessoa. O doente expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que contêm o agente infeccioso e podem ser aspiradas por outro indivíduo, contaminando-o. Somente 5% a 10% dos infectados pelo Bacilo de Koch adquirem a doença. Pessoas com Aids, diabetes, insuficiência renal crônica (IRA), desnutridas, idosos doentes, alcoólatras, viciados em drogas e fumantes são mais propensos a contrair a tuberculose”, explica.
Coordenadora do Programa Municipal da Tuberculose, Rosana Fialho conta que 8% dos pacientes com tuberculose, em Salvador, são portadores de Aids. “Mas é importante ressaltar que a tuberculose é uma doença perfeitamente tratável, se seguido todo tratamento, as chances de cura são de 95%”, garante.
EXAME AJUDA NO DIAGNÓSTICO.
Segundo Rosana Fialho, após 15 dias de tratamento, o infectados já não transmite mais a doença. “As pessoas ainda têm muito preconceito com relação à doença, por isso a importância das campanhas de conscientização”, diz, ela que participou de uma atividade educativa na Praça da Piedade, com profissionais do 2º Centro de Saúde Ramiro de Azevedo, localizado no Campo da Pólvora, em Nazaré. “A região do Centro Histórico tem registrado muitos casos entre os moradores de rua”.
Os Distritos Sanitários com maior número de casos registrados são Cabula-Beiru, São Caetano-Valéria, Subúrbio Ferroviário e Liberdade. “A incidência da doença está diretamente ligada à questão social, à falta de alimentação adequada, à carência de um saneamento básico de qualidade e todas as dificuldades de uma comunidade carente”, diz Fialho, recomendando que se busque uma unidade de saúde no caso do aparecimento de algum sintoma. “Em qualquer uma das nossas 73 unidades é possível fazer o exame do escarro para diagnosticar a tuberculose e é ímportante procurar um médico o quanto antes, para a maior garantia de cura”, alerta.
No bairro da Boca do Rio, o 12º Centro de Saúde Alfredo Bureau realizou palestras sobre o tema, que também foi explorado pelos agentes comunitários de saúde em uma peça teatral.
Terceira cidade com o maior número de casos do país – cerca de 2,5 mil novos infectados a cada ano –, Salvador lembrou o Dia Municipal de Combate à Tuberculose, ontem, buscando a conscientização da população, através de palestras, atividades culturais e uma caminhada no bairro de Pernambués, um dos mais atingidos pela doença, que mata cerca de 4% dos doentes, na capital baiana.
A pobreza e a falta de orientação dos moradores do bairro, com cerca de 110 mil pessoas, são apontadas pelo presidente do Conselho Comunitário, Genilson Gino, como as principais razões para a grande incidência. “Tem gente que não tem o que comer, aí não há remédio que resolva”, diz, estimando que cerca de 5% dos habitantes tenham contraído a doença.
Para tentar suprir a carência, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) oferece, através do Programa de Controle da Tuberculose, além do tratamento em 73 unidades de saúde básica da cidade, um auxílio-alimentação no valor de R$ 25 aos infectados pela bactéria.
Doença infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis, a tuberculose afeta principalmente os pulmões, mas também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).
Alguns pacientes não exibem nenhum indício da doença, outros apresentam sintomas aparentemente simples que são ignorados durante alguns meses ou anos. Contudo, na maioria dos infectados, os sinais e sintomas mais frequentes são tosse seca contínua no início, depois com presença de secreção por mais de quatro semanas, que pode evoluir para a presença de sangue, cansaço excessivo, febre baixa geralmente à tarde, sudorese noturna, falta de apetite, palidez, emagrecimento acentuado, rouquidão, fraqueza e prostração.
Os casos graves apresentam dificuldade na respiração; eliminação de grande quantidade de sangue, colapso do pulmão e acúmulo de pus na pleura (membrana que reveste o pulmão) – se houver comprometimento dessa membrana, pode ocorrer dor torácica.
No Centro de Saúde Edson Teixeira Barbosa, mais conhecido como PA de Pernambués, 30 pacientes infectados pela tuberculose são atendidos todos os meses. Durante o ano, cerca de 370 enfermos são tratados na unidade de saúde.
“Além de fornecer medicamentos, ajuda para a alimentação e todo o tratamento, vamos à casa das pessoas para orientar sobre os cuidados que devem ter para evitar a contaminação”, diz a gerente da unidade, Maria Dolores Fernandes, orientando sobre as formas de transmissão.
“A transmissão é direta, de pessoa a pessoa. O doente expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que contêm o agente infeccioso e podem ser aspiradas por outro indivíduo, contaminando-o. Somente 5% a 10% dos infectados pelo Bacilo de Koch adquirem a doença. Pessoas com Aids, diabetes, insuficiência renal crônica (IRA), desnutridas, idosos doentes, alcoólatras, viciados em drogas e fumantes são mais propensos a contrair a tuberculose”, explica.
Coordenadora do Programa Municipal da Tuberculose, Rosana Fialho conta que 8% dos pacientes com tuberculose, em Salvador, são portadores de Aids. “Mas é importante ressaltar que a tuberculose é uma doença perfeitamente tratável, se seguido todo tratamento, as chances de cura são de 95%”, garante.
EXAME AJUDA NO DIAGNÓSTICO.
Segundo Rosana Fialho, após 15 dias de tratamento, o infectados já não transmite mais a doença. “As pessoas ainda têm muito preconceito com relação à doença, por isso a importância das campanhas de conscientização”, diz, ela que participou de uma atividade educativa na Praça da Piedade, com profissionais do 2º Centro de Saúde Ramiro de Azevedo, localizado no Campo da Pólvora, em Nazaré. “A região do Centro Histórico tem registrado muitos casos entre os moradores de rua”.
Os Distritos Sanitários com maior número de casos registrados são Cabula-Beiru, São Caetano-Valéria, Subúrbio Ferroviário e Liberdade. “A incidência da doença está diretamente ligada à questão social, à falta de alimentação adequada, à carência de um saneamento básico de qualidade e todas as dificuldades de uma comunidade carente”, diz Fialho, recomendando que se busque uma unidade de saúde no caso do aparecimento de algum sintoma. “Em qualquer uma das nossas 73 unidades é possível fazer o exame do escarro para diagnosticar a tuberculose e é ímportante procurar um médico o quanto antes, para a maior garantia de cura”, alerta.
No bairro da Boca do Rio, o 12º Centro de Saúde Alfredo Bureau realizou palestras sobre o tema, que também foi explorado pelos agentes comunitários de saúde em uma peça teatral.
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