FONTE: ROSANA FERREIRA, da Redação (estilo.uol.com.br).
De acordo com pesquisas, 30% das crianças em idade pré-escolar, de 3 a 7 anos, têm companheiros que só existem na imaginação delas. “Mas não é um assunto rico em dados científicos”, diz a psicopedagoga Maria Irene Maluf, de São Paulo. Os estudiosos nunca deram muito bola aos amigos invisíveis, que foram vistos como perniciosos por muito tempo. Era comum alegar que o comportamento era típico de filhos únicos ou crianças tímidas e problemáticas. Nos últimos anos, no entanto, os companheiros da imaginação infantil foram absolvidos de culpa. “Trata-se de um recurso para a criança se comunicar e refrear sentimentos que não consegue dominar. É natural”, afirma Maria Irene.
Prova disso, são os desenhos animados que povoam a TV, como “Charlie e Lola”, em que a menina de quase 5 anos divide suas experiências com Soren Lorenson, um amigo fiel que somente ela vê. Juntos, eles falam sobre qualquer assunto, brincam e fazem bagunça. “Não deixa de ser uma brincadeira. Portanto a criança está usando a imaginação para se relacionar e criar formas para crescer”, explica a profissional.
Segundo ela, muitas vezes, o amigo imaginário é inventado para suprir uma falha emocional proveniente de um sentimento de falta ou insegurança, como separação dos pais, nascimento de um irmão, problemas de relacionamento na escola etc. “Geralmente ele é dócil e representa o ideal de amigo”, diz. E pode se manifestar de várias formas: como uma criança invisível, um brinquedo, um bicho de pelúcia ou mesmo uma família inteira. Dentro dessa “vida paralela”, a criança “treina” reações diante de situações e relações inusitadas.
ENTRE NA BRINCADEIRA.
O conselho dos especialistas é não intervir nessa relação e espantar o amigo imaginário. Ao contrário, a dica é entrar na brincadeira para observar e descobrir o que filho pensa e sente sobre vários assuntos. Por exemplo, se a criança pedir para colocar um lugar na mesa para amigo, coloque. É uma oportunidade de mostrar companheirismo e também de perguntar ao amigo imaginário algo que queira saber sobre o filho, já que é o próprio quem provavelmente responderá.
Mas não é perigoso entrar na brincadeira da criança e confundi-la em relação ao que é fantasia e realidade? Segundo a psicopedagoga, o adulto é mais teatral quando brinca, e a criança percebe isso”. “Os pais precisam pontuar que sabem que tudo não passa de uma brincadeira”, sugere.
QUANDO PASSA DA MEDIDA.
Naturalmente o amigo imaginário vai embora até os 7 anos. Mas, se ele persistir, os especialistas sugerem que os pais investiguem melhor o comportamento do filho. “Nessa idade, a criança já tem condições para expressar o que pensa, sem necessidade da ajuda do companheiro imaginário”, diz a psicopedagoga.
Outra situação preocupante é quando a criança só vive com o amigo invisível e se a nega brincar com outras crianças ou a fazer atividades diferentes. Também é bom saber se o amigo imaginário está indo para a escola, porque isso não é natural, segundo os especialistas. “Ele deve ser apenas um dos amigos da criança, e não o único”, explica Maria Irene.
Em linhas gerais, os pais não devem se apavorar ao se deparar com um amigo imaginário do filho, já que pode ser um processo rico e útil, como um rito de passagem. Mas há um perigo: se o filho levar isso muito a sério e se fechar para o mundo.
O conselho dos especialistas é não intervir nessa relação e espantar o amigo imaginário. Ao contrário, a dica é entrar na brincadeira para observar e descobrir o que filho pensa e sente sobre vários assuntos. Por exemplo, se a criança pedir para colocar um lugar na mesa para amigo, coloque. É uma oportunidade de mostrar companheirismo e também de perguntar ao amigo imaginário algo que queira saber sobre o filho, já que é o próprio quem provavelmente responderá.
Mas não é perigoso entrar na brincadeira da criança e confundi-la em relação ao que é fantasia e realidade? Segundo a psicopedagoga, o adulto é mais teatral quando brinca, e a criança percebe isso”. “Os pais precisam pontuar que sabem que tudo não passa de uma brincadeira”, sugere.
QUANDO PASSA DA MEDIDA.
Naturalmente o amigo imaginário vai embora até os 7 anos. Mas, se ele persistir, os especialistas sugerem que os pais investiguem melhor o comportamento do filho. “Nessa idade, a criança já tem condições para expressar o que pensa, sem necessidade da ajuda do companheiro imaginário”, diz a psicopedagoga.
Outra situação preocupante é quando a criança só vive com o amigo invisível e se a nega brincar com outras crianças ou a fazer atividades diferentes. Também é bom saber se o amigo imaginário está indo para a escola, porque isso não é natural, segundo os especialistas. “Ele deve ser apenas um dos amigos da criança, e não o único”, explica Maria Irene.
Em linhas gerais, os pais não devem se apavorar ao se deparar com um amigo imaginário do filho, já que pode ser um processo rico e útil, como um rito de passagem. Mas há um perigo: se o filho levar isso muito a sério e se fechar para o mundo.
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