sexta-feira, 2 de maio de 2014

CIRURGIA PLÁSTICA NAS ORELHAS É FEITA COM DESCONTOS DEPOIS DE PARCERIA COM ONG...

FONTE: Kelly Cerqueira, TRIBUNA DA BAHIA.

Orelha de nós todos, orelhão, DDD Telemar. Estes são apenas alguns dos apelidos adotados por amigos e até por familiares de Regina Viana Neta. Com as orelhas avantajadas e um pouco mais curvadas do que o convencional, a estudante, que hoje tem 18 anos, sofre com a situação desde criança, herança genética do avô paterno. Além de não estar de acordo com o seu próprio gosto, as orelhas em abano da garota também foram responsáveis por crises de choro, provocado devido ao comportamento de colegas em relação à sua estética.

Para que pessoas como Regininha, como também é conhecida a jovem, possam corrigir o que tanto as incomoda, a ONG Instituto Orelhinha chega a Salvador oferecendo descontos de 70% no valor das cirurgias plásticas. Nesta sexta-feira, integrantes da ONG, que já está presente em outros seis estados, chegam a Salvador para ajustar os últimos detalhes com a clínica parceira onde ocorrerão as intervenções cirúrgicas, a Litocenter, localizada na Graça.
Por ser considerada uma cirurgia meramente estética, a correção das orelhas em abano não é realizada pelo Sistema Único de Saúde e pela maioria dos planos particulares. Apesar dos julgamentos dos planos públicos e privados, o coordenador Nacional do Instituto Orelhinha, Marcelo Assis, ressalta que a disposição das orelhas pode trazer prejuízos sociais, como o bullying.

“É uma caracteristica que incomoda não só os jovens, mas também pessoas da terceira idade”, ressaltou o especialista, destacando que pessoas acima dos 80 anos já procuraram o mutirão da ONG para fazer a intervenção. Além do fator genético, as orelhas em abano também podem ser resultado da acomodação incorreta do bebê ainda no útero da mãe. A ONG realiza a correção em crianças a partir dos sete anos, mas levando em conta não só a opinião dos pais, mas também da própria criança. “Aos sete anos a criança já pode dizer se algo o incomoda o não. Quando constatamos que se trata mais de uma ansiedade dos pais do que da insatisfação da própria criança, nós não fazemos a intervenção”, explicou Marcelo.

Como funciona o acesso ao procedimento cirúrgico.
Com a ação da ONG, o procedimento cirúrgico que custa entre R$6 e R$8 mil  poderá ser realizado pelo valor de R$1.650, com a opção de parcelar a dívida em até 12 vezes. “Este valor é utilizado para arcar os custos hospitalares, de material, e mão de obra necessária para apoio na cirurgia”, explica o cirurgião plástico. A otoplastia, como é chamada a intervenção cirúrgica, dura cerca de 40 minutos e é considerada uma cirurgia ambulatorial.
Para solicitar o serviço realizado pela ONG, os interessados devem se inscrever através do site da instituição (www.projetoorelhinha.com.br) ou dos telefones 4062-0607, para  Salvador e 0800-718 7804 para o interior do estado. Após demonstrar interesse sobre a intervenção cirúrgica, a pessoa recebe as informações sobre a data dos mutirões, que serão realizados uma vez por mês. “Quando a pessoa comparece ao mutirão, recebe todas as informações sobre o projeto e, caso queiram, já saem de lá com a cirurgia marcada”, destacou Assis.
O pós-cirúrgico é feito em casa, onde o paciente deve ficar em repouso, durante cinco dias após a operação, com a utilização de uma faixa. Após este período inicial, outra faixa, a do tipo bailarina, deve ser adotada por vinte e cinco dias, mas apenas durante sono, para proteger o local. Embora a cirurgia seja inicialmente realizada apenas em Salvador, o projeto também quer atender a demanda do interior, como já acontece em outros estados.

O número de cirurgias dependerá do fluxo de procura, mas a expectativa é de que  chegue até sete intervenções por dia, durante a semana, e a 15 nos fins de semana. As cirurgias geralmente começam acontecer uma semana após a realização do mutirão. Em Salvador, o primeiro ocorrerá no final do mês de julho.

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