Mais um fator desfavorável para
bebidas açucaradas: um estudo recente descobriu que o consumo dessas bebidas
está associado à redução da idade da primeira menstruação.
A idade da menarca diminuiu de forma
significativa desde o início do século 20. Estudos também demonstraram que essa
redução está associada ao aumento do risco de câncer de mama e do endométrio em
idade mais avançada.
Publicado online no periódico
"Human Reproduction", o estudo usou dados de 5.583 meninas de 9 a 14
anos, que não tinham atingido a menarca no início da pesquisa. Elas preencheram
questionários sobre dieta todos os anos, de 1996 a 1998. Em 2001, 159 ainda não
tinham atingido a menarca.
Após levar em conta as variáveis de
peso ao nascer, idade em que a mãe atingiu a menarca e muitos fatores
referentes à dieta e ao comportamento, eles descobriram que as meninas que
tomavam uma lata e meia de 350 ml de refrigerante não dietético ou chá gelado
açucarado ao dia atingiram a menarca em média 2,7 meses mais cedo que as que
beberam menos de duas latas por semana.
Karin B. Michels, principal autora do
estudo e professora adjunta de Epidemiologia da Universidade Harvard, afirmou
que a efeito das bebidas açucaradas sobre a menarca precoce não tem qualquer
relação com a conhecida associação com a obesidade.
"Nossas descobertas são
consistentes e independem do índice de massa corporal. Em primeiro lugar, as bebidas
açucaradas não são saudáveis e o cuidado em evitá-las deveria ser
elevado".
Pagar mais pode
fazer bem.
Os medicamentos caros trazem
resultados melhores que os baratos. Ao menos, essa é a crença de algumas
pessoas.
Pesquisadores fizeram doze pacientes
com mal de Parkinson acreditar que estavam testando dois medicamentos e que um
custava US$ 100,00 e o outro, US$ 1.500 a dose. Os pesquisadores também fizeram
com que acreditassem que as doses e os medicamentos eram os mesmos e que a
diferença estaria no processo de fabricação. Além disso, eles disseram que
queriam descobrir se os resultados obtidos seriam os mesmos para os dois
produtos. O estudo foi publicado na edição de 24 de fevereiro do periódico
Neurology.
O que os participantes não sabiam é
que receberam injeções idênticas de uma solução salina.
O resultado apresentado pelo placebo
"caro" foi duas vezes superior ao obtido com o placebo
"barato". O efeito foi evidente não apenas nos testes de capacidade
física como também nas medições feitas por imagiologia cerebral. Na realidade,
a eficácia do placebo caro não foi muito diferente do efeito do Levodopa, o
medicamento mais eficaz contra a doença. O Levodopa aumenta os níveis do
neurotransmissor dopamina no cérebro.
"Uma das razões para esse efeito
significativo está na mediação da dopamina. Nós produzimos mais dessa
substância quando existe uma grande expectativa de eficácia", afirmou o
Dr. Alberto J. Espay, principal autor do estudo e professor adjunto de
neurologia da Universidade de Cincinnati.
Quando foram informados sobre a
verdadeira natureza do estudo, as reações dos participantes variaram de
incredulidade a surpresa.
Reprodução
assistida obtém resultados positivos.
Um estudo extenso descobriu que as
tecnologias de reprodução assistida (TRA) melhoraram de forma acentuada nos
últimos 20 anos e que os tratamentos de fertilidade vêm obtendo resultados
melhores do que nunca.
Os pesquisadores usaram registros de
92 mil crianças nascidas por meio de reprodução assistida de 1988 a 2007 na
Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia. Entre esses bebês, os nascimentos
prematuros diminuíram de 28 por cento, em 1988, para 13 por cento. As taxas de
nascimentos de crianças com baixo peso também diminuíram, principalmente nos
primeiros anos do período de estudo. Além disso, as taxas de óbitos fetais e de
bebês também caíram entre gêmeos nascidos por reprodução assistida. O relatório
foi publicado online no periódico "Human Reproduction".
Uma das razões dessa queda foi o uso
crescente do procedimento de transferência de um único embrião, que é mais
seguro que transferir diversos embriões de uma só vez. Também contribuíram o
aprimoramento de tecnologias como congelamento de embriões, técnicas melhores
de cultura e uso de microinjeção de espermatozoide no caso de infertilidade
masculina. Além disso, o procedimento tem sido realizado em mulheres mais
jovens e saudáveis em termos reprodutivos.
A Dra. Anna-Karina Aaris Henningsen,
principal autora e pesquisadora da Universidade de Copenhague, afirmou que
outra razão é a melhor capacitação de médicos e pessoal de laboratório para
realizar técnicas complexas.
"A diferença do estado de saúde
dos bebês nascidos por reprodução assistida em relação aos nascidos
naturalmente tem diminuído de forma significativa. Esses dois grupos não serão
jamais iguais, mas estamos mais próximos do que nunca de uma igualdade",
afirmou.
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