FONTE: Noelle Marques, do UOL, em São Paulo, (noticias.uol.com.br).
Com a chegada do
verão parece que os mosquitos começam a atacar. Quase ninguém consegue escapar
desses insetos e, consequentemente, das coceiras. O pior é esperar o ano todo
para usar um short ou bermuda e revelar dezenas de pontos vermelhos espalhados
pela perna.
Segundo a
dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia Carolina
Marçon, o mosquito gosta muito de umidade, então, a pele suada atrai mais os
insetos, assim como o odor exalado.
"A atração pelo
inseto é determinada, principalmente, por uma predisposição individual
genética, pois vai depender do cheiro que o corpo do indivíduo exala e das
sustâncias químicas presentes no suor, como o ácido láctico. Essa predisposição
varia por uma combinação de fatores, como a composição da pele, das condições
metabólicas etc.", diz.
No verão, de fato, as
picadas são mais frequentes por dois fatores. "No frio, o indivíduo se
cobre e, consequentemente, se protege mais com as roupas. E na época do calor,
existem mais mosquitos por conta da chuva, que é um fator de proliferação do
inseto", diz o alergista e presidente da ASBAI (Associação Brasileira de
Alergia e Imunologia), José Carlos Perini.
Tratamento.
"Há um mito de
que a vitamina B 12 ou o complexo B, como, por exemplo, a levedura de cerveja,
eliminada pela pele modifica o odor do indivíduo e, com isso, o inseto não se
aproxima. Mas, experiências já mostraram que mesmo que você passe a vitamina na
pele, ainda assim os insetos picam", afirma o alergista.
Se a picada for comum
e o indivíduo não for alérgico, Perini indica colocar gelo em cima como forma
de tratamento, para aliviar a coceira e não deixar irritar. Cremes e
anti-histamínicos, que são os remédios antialérgicos, devem ser prescritos pelo
médico, pois variam de acordo com a idade e o peso do paciente, enfatiza o
alergista.
A vacina também pode
ser usada em caso de pessoas alérgicas, que dessensibilizam os efeitos das
picadas.
No caso dos
ambientes, o médico indica o uso de inseticidas à base de água, que não deixam
odor, e diz para evitar o uso de repelentes que tem de ligar na tomada, pois
estes acabam poluindo o local por um período muito longo.
A dermatologista
Carolina Marçon alerta para o uso de repelentes em crianças. "A pele da
criança é mais fina e as substâncias acabam penetrando mais. Por isso, o uso de
repelentes é indicado apenas para crianças acima de dois anos. E, mesmo assim,
o produto deve ser próprio para criança, que é menos tóxico", afirma.
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