FONTE: Paula Laboissière, Da Agência Brasil, (noticias.uol.com.br).
A partir do ano que
vem, meninos de 12 a 13 anos também serão imunizados contra o HPV Marcelo
Camargo/Agência Brasil
A partir de janeiro
de 2017, a rede pública de saúde vai passar a oferecer a vacina contra o HPV
para meninos de 12 a 13 anos como parte do Calendário Nacional de Vacinação. A
faixa etária, de acordo com o Ministério da Saúde, será ampliada gradativamente
até 2020, período em que serão incluídos meninos de 9 a 13 anos.
A expectativa da
pasta é imunizar mais de 3,6 milhões de meninos em 2017, além de 99,5 mil
crianças e jovens de 9 a 26 anos que vivem com HIV/aids no Brasil. Serão
adquiriras, ao todo, 6 milhões de doses ao custo de R$ 288,4 milhões.
Segundo o governo
federal, o Brasil será o primeiro país da América Latina e o sétimo no mundo a
oferecer a vacina contra o HPV para meninos em programas nacionais de
imunização. Estados Unidos, Austrália, Áustria, Israel, Porto Rico e Panamá já
fazem a distribuição da dose para adolescentes do sexo masculino.
Duas doses.
O esquema vacinal
contra o HPV para meninos será de duas doses, com seis meses de intervalo entre
elas. Já para os que vivem com HIV, o esquema vacinal é de três doses, com
intervalo de dois e seis meses, respectivamente. Nesses casos, é necessário
apresentar prescrição médica.
Custos.
O ministro da Saúde,
Ricardo Barros, destacou que, apesar das novas inclusões, não haverá custo
extra para o governo federal já que, neste ano, a pasta anunciou a redução de
três para duas doses no esquema vacinal contra o HPV para meninas. O
quantitativo previsto, segundo ele, foi mantido.
"É mais um
avanço que conseguimos fazer sem ampliar investimentos", disse Barros.
"É um conjunto de ações integradas que temos feito para produzir mais e
mais resultados com os recursos que temos", completou.
Meningite.
A pasta anunciou
ainda a ampliação da vacinação contra a meningite C para adolescentes de ambos
os sexos. Foram adquiriras 15 milhões de doses, a um custo de R$ 656,5 milhões.
O objetivo do governo é reforçar a eficácia da dose, já aplicada em crianças de
3, 5 e 12 meses mas que, com o passar dos anos, pode perder parte de sua
eficácia.
A meta é vacinar 80%
do público-alvo, formado por 7,2 milhões de adolescentes. Além de proporcionar
proteção para essa faixa etária, a estratégia tem efeito protetor de imunidade
rebanho - quando acontece a proteção indireta de pessoas não vacinadas em razão
da diminuição da circulação do vírus.
Segundo o ministério,
a ampliação só foi possível graças à economia de R$ 1 bilhão por meio da
revisão de contratos e redução de valores de aluguéis e outros serviços. Parte
dos recursos está sendo investida na produção nacional da vacina pela Fundação
Ezequiel Dias.
Parceria.
A coordenadora do
Programa Nacional de Imunização, Carla Domingues, destacou que o ministério
pretende investir em parcerias com escolas da rede pública e particular para
facilitar o acesso de meninos e meninas às doses contra o HPV e contra a
meningite.
"Vacinar
adolescentes não é como vacinar crianças, que os pais pegam na mão e levam ao
posto de saúde. É mais complicado", disse. "Com os adolescentes, não
conseguimos alcançar coberturas vacinais tão completas como entre as
crianças", completou.
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