Cada numeração dos
atletas do time mineiro trará um dado sobre a violência contra a mulher.
Nada de mensagens clichês, gifs animados que
piscam, imagens cheias de desenhos ou vídeos sentimentais. O Cruzeiro
inovou na homenagem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, e
transformou o número das camisas dos seus jogadores em um importante alerta.
O time
mineiro usará camisas especiais no jogo contra o Murici-AL, pela Copa do
Brasil, que acontece nesta quarta (8), na cidade do interior de Alagoas. As
numerações virarão estatísticas colhidas pela ONG Azminas, que mostram os
problemas enfrentados pelas mulheres no Brasil.
A
diretoria institucional da ONG Azminas, Letícia Bahia, ressaltou a importância
de que os números sejam divulgados. "Muita gente pensa que a luta pelos
direitos das mulheres não faz mais sentido. Mas os dados que os jogadores vão
exibir mostram o quanto essa questão segue sendo atual", analisou.
O
discurso foi endossado pelo presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares.
"Em pleno século XXI, não é tolerável ver as mulheres sofrerem atos de
violência e discriminação. Com esta ação, nos juntamos a todos que combatem as
desigualdades contra pessoas do sexo feminino. Esse é um dos papeis sociais que
os clubes de grandes torcidas precisam sempre estar desenvolvendo",
pontuou.
Além
de conscientizar as pessoas que a luta pelas mulheres não é frescura, nem pode
ser encarada como vitimismo, o clube celeste também tem o objetivo de ajudar na
conscientização de importantes questões como a depressão pós-parto.
"Alguns
dos números que vamos destacar têm a ver com o cuidado da mulher com a saúde,
com o próprio corpo. É importante a gente ter um momento desse, onde você pode
trazer à tona assuntos tão importantes e relacionados à mulher", afirmou
Marcone Barbosa, diretor de marketing do time mineiro.
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