As vitimas
foram encaminhadas para o Hospital Couto Maia, referência em infectologia.
Uma
equipe do Centro de Controle de Zoonoses de Salvador (CCZ) foi até a Rua dos
Ossos, no Santo Antônio Além do Carmo, para investigar um ataque de morcegos
a 17 pessoas no bairro. As vitimas foram encaminhadas para o Hospital
Couto Maia na manhã desta quinta-feira (11) e receberam tratamento, que
inclui soro e vacina anti-rábica. Os pacientes deverão tomar 4 doses das
medicações ao longo das próximas semanas.
Ao
CORREIO, o CCZ disse que está fazendo uma busca no local do ataque para
achar o esconderijo dos morcegos, que serão capturados e levados para um exame
de identificação de raiva e outras possíveis doenças. Um trabalho educativo
também está sendo desenvolvido no local, orientando a população a deixar as
portas e janelas fechadas, principalmente no período da noite, iluminar locais
isolados e áreas externas, tapar buracos com tela e não deixar frutas expostas.
Edson
Ribeiro, médico veterinário e sanitarista, explica que existem dois tipos de
morcegos, os hematófagos ou "vampiros", que se alimentam de sangue, e
os frutíferos, que comem frutas. "Geralmente a raiva é transmitida pelos
hematófagos, mas esses animais possuem o costume de lamberem um ao outro em
seus alojamentos. A saliva transmite o vírus da raiva, por isso, não é garantia
que um morcego que só se alimenta de frutas não esteja doente",
esclareceu.
A
população deve se preocupar com os animais de estimação, que também são alvos
dos morcegos vampiros, e caso não estejam com a vacina em dia, podem ser
contaminados com raiva e posteriormente transmitir para os donos. Algumas
doenças são transmitidas pelas fezes dos morcegos, como a histoplasmose, que
causa danos respiratórios, e a salmonelose que provoca infecção intestinal.
O
médico também explica que, apesar de ainda não saber o que motivou os ataques,
uma possível causa é a diminuição dos habitats naturais dos morcegos. Regiões
como a Paralela, Patamares e Piatã, próximas à Mata Atlântica, já registraram
outros ataques. A recomendação é procurar o serviço de saúde com urgência e não
matar os animais para que eles possam ser avaliados e realocados em seus locais
de origem.
A
Secretária de Saúde da Bahia (Sesab), informou que amanhã (12) estará reunida
com a equipe municipal de saúde, para discutir outras providências a respeito
da situação.
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