FONTE: Gabriele Galvão, TRIBUNA DA BAHIA.
A partir de junho as empresas disponibilizarão
canais de vendas oferecendo aos passageiros tarifas mais econômicas, para quem
não precisar despachar bagagens.
O
consumidor que for viajar de avião a partir do próximo mês deverá ficar atento.
Isso porque algumas companhias aéreas já anunciaram que vão cobrar pela bagagem
despachada. A partir de junho as empresas disponibilizarão canais de vendas
oferecendo aos passageiros tarifas mais econômicas, para quem não precisar
despachar bagagens.
A Azul
começa a cobrança no próximo dia 1º e disponibilizará tarifas com até 30% de
desconto para clientes que partem de Viracopos para 14 destinos pelo país e que
não despacham bagagens. As passagens da Azul estarão classificadas em duas
categorias: a “Azul” e a “MaisAzul”.
Ao
optar pela categoria Azul, o Cliente pagará mais barato pela passagem na
comparação com a tarifa MaisAzul e poderá escolher pela compra ou não do
serviço de bagagem despachada. Nessa modalidade, se o Cliente mudar de ideia,
poderá incluir os 23 kg de bagagem, a qualquer momento, por apenas R$
30,00.
Caso o
cliente ultrapasse essa cota de 23 kg, será mantida a atual cobrança por quilo
excedente. Nessa modalidade, o cliente tem acúmulo integral de pontos pelo
programa TudoAzul. A categoria MaisAzul mantém a prática tarifária atual,
inclui franquia de 23 kg de bagagem e sempre estará disponível para compra.
A GOL
implementará o novo modelo, a partir de 20 de junho, e irá disponibilizar em
seus canais de vendas uma nova tarifa mais econômica, chamada Light, para quem
não precisar despachar bagagens. As atuais tarifas Programada e Flexível
continuam a incluir, sem custo, uma bagagem de até 23kg, e a classe GOL Premium
disponível apenas nos voos internacionais, dois volumes do mesmo peso.
Baianos
protestam contra medida.
Além
disso, a bordo, já é possível viajar com uma mala de até 10Kg, independente do
bilhete adquirido. “A GOL entende que a mudança nas regras de franquia de
bagagens aproxima o país dos padrões adotados na aviação mundial. O cliente
poderá escolher a melhor forma de realizar sua viagem, pagando menos se não
despachar mala”, explica Eduardo Bernardes, vice-presidente de vendas e
marketing da GOL.
A empresária Mônica Maltez disse que a cobrança é abusiva.
“Já pagamos tão caro na passagem. É um absurdo pagar pela bagagem. Sempre viajo
para outros lugares e levo novidades e iguarias da cidade visitada para casa.
Agora não poderei comprar mais nada, para não pagar caro”, afirmou. A técnica
administrativa Kele Núbia Araújo disse que agora será mais vantagem viajar de
ônibus. “Preferia viajar de avião, por ser uma viagem mais rápida e segura, mas
como sempre carrego malas vai ficar mais barato ir de ônibus”, observou.
Apesar da definição da Gol e Azul, a LATAM Airlines Brasil esclareceu que as regras de bagagens permanecem inalteradas e informará oportunamente sobre as mudanças a seus passageiros nos canais oficiais da empresa.
Já a
Avianca Brasil informou que implementará todas regras mandatórias previstas nas
Condições Gerais de Transporte Aéreo, no prazo determinado. A companhia decidiu
não cobrar por despacho de bagagens no início da vigência da nova resolução, em
14 de março, pois prefere estudar essa questão mais profundamente durante os
próximos meses, a fim de criar produtos tarifários customizados para melhor atender
às necessidades dos diferentes perfis de clientes.
A
Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) informou por meio de nota,
que atualmente, o custo pelo transporte de bagagem é diluído nos preços dos
bilhetes de todos os passageiros, independente se ele viaja apenas com bagagem
de mão ou se despacha mais de uma mala. Com a nova medida, será estabelecida
uma justiça tarifária, as companhias poderão fazer promoções e diferenciar suas
tarifas - o que hoje é proibido. “Isso naturalmente acirrará a concorrência
entre as empresas, o que beneficiará todos os passageiros”, enfatizou o
documento.
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