Os dados do balanço não incluem a
recém-criada faixa 1,5, que é contabilizada de forma diferenciada pelo
Ministério.
As
contratações de novos empreendimentos no programa Minha Casa Minha Vida (MCMV)
evoluíram lentamente nos primeiros meses do ano, após as mudanças nas regras e
pelos resquícios da crise, segundo o governo. No primeiro trimestre, foram
contratadas 72,6 mil unidades no MCMV, o que corresponde a 12,7% da meta de 570
mil unidades em 2017, de acordo com balanço fornecido pelo Ministério das
Cidades a pedido do “Broadcast”.
Os
dados mostram que as faixas 2 e 3, financiadas pelo Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço (FGTS), avançaram de forma mais intensa do que a faixa 1, para as
camadas mais pobres, subsidiada pelo Tesouro Nacional. As faixas 2 e 3 tiveram,
juntas, 70,8 mil unidades contratadas, ou 17,7% da meta do ano, de 400 mil unidades
para os dois segmentos. Já a faixa 1 quase não saiu do lugar. Foram apenas 1,8
mil unidades, ou apenas 1,1% da meta de 170 mil contratações no ano.
Os
dados do balanço não incluem a recém-criada faixa 1,5, que é contabilizada de
forma diferenciada pela Ministério. De acordo com a secretária Nacional da
Habitação, Maria Henriqueta Alves, o MCMV vai se intensificar nos próximos
meses, quando terá absorvido os ajustes regulatórios feitos recentemente. “O
ritmo de contratações no começo do ano ficou impactado pela mudança na
legislação”, explicou. “A partir de abril, já houve melhora.”
Em
fevereiro, o governo federal anunciou aumento nos limites dos preços dos
imóveis e das faixas de renda da população que podem entrar no programa. As
novidades foram regulamentadas nas semanas seguintes e passaram a valer a
partir de março. Até então, os tetos inviabilizavam muitos projetos das
incorporadoras, que passaram a ser retomados agora. Já na faixa 1, a situação é
mais delicada. O governo de Dilma Rousseff deixou 60 mil unidades paralisadas
por conta de atraso ou suspensão de pagamento às construtoras, por falta de
recursos nos cofres.
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