De
acordo com um relatório divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a
população brasileira é a mais deprimida da
América Latina. Essa triste constatação acaba de receber reforço de um
levantamento realizado pela SulAmérica: em seis anos, houve um salto de 74% no
número de antidepressivos adquiridos pelos segurados dessa operadora. Foram 35
453 unidades em 2010 contra 61 859 em 2016.
Seguindo
a tendência global, o estudo encontrou maior prevalência do uso desses
medicamentos entre mulheres e pessoas a partir dos 50 anos. Atualmente, os
antidepressivos ocupam a segunda posição na lista de remédios mais vendidos
contra desordens do sistema nervoso, com 6% do total na categoria.
O
primeiro lugar pertence aos analgésicos, que somam 10% das vendas. Já os
ansiolíticos estão em terceiro. Aliás, a demanda pelos fármacos usados contra
a ansiedade também avançou demais: de 17 197 unidades para 36
179 no mesmo período, o que corresponde a um incremento de 110%.
No
interior do cérebro, a depressão pode ser explicada como um desequilíbrio
químico que diminui a disponibilidade de substâncias essenciais para o
bem-estar e a disposição. Um exemplo é a serotonina,
neurotransmissor que regula, entre outras coisas, humor, apetite, funções
intelectuais e sono — não à toa, a doença é uma das mais incapacitantes
do mundo. O restabelecimento dessas moléculas no cérebro pode, sim, ser feito
com a ajuda dos medicamentos.
Agora,
o que funciona em um pacientes não necessariamente se aplica a outro. Às vezes,
o acompanhamento de um psicólogo é a melhor arma (e pode ser recomendado em
sessões individuais ou em conjunto). Com a escalada global da depressão, é mais
importante do que nunca saber que existem alternativas para sair da melancolia
profunda. E o primeiro passo é buscar ajuda.
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