FONTE: Da Redação, TRIBUNA DA BAHIA.
Pessoas com transtorno bipolar
desconhecem a doença por negligenciar sintomas.
O
transtorno bipolar, tradicionalmente designada Doença Maníaco-Depressiva, é uma
doença psiquiátrica caracterizada por variações acentuadas do humor, com crises
repetidas de depressão e mania.
Essas
oscilações de humor podem ser muito rápidas e podem ocorrer com muita ou pouca
frequência, podem ser graves, moderadas ou leves.
A
maioria das pessoas desconhece que tem a doença e, por
isso, vão convivendo com os sintomas. No Brasil, a doença atinge 4% dos
adultos, mas sua principal incidência acontece na adolescência.
Os
principais fatores de risco são: o histórico familiar da doença, estresse
intenso, uso e abuso de drogas recreativas e álcool, mudanças de vida e
experiências traumáticas e pessoas entre 15 e 25 anos.
Também
é preciso estar atento aos sintomas, entre eles a distração frequente, redução
do sono, capacidade de discernimento diminuída, pouco controle do temperamento,
compulsão alimentar, bebida alcoólica em excesso, hiperatividade, aumento de
energia, fala em excesso, pensamentos acelerados que se atropelam, gastos
excessivos, autoestima muito alta, grande envolvimento em atividades, agitação
ou irritação extrema.
Sarah
Lopes, psicóloga do Hapvida, esclarece quais as possíveis causas do
desenvolvimento do transtorno bipolar.
“As
causas da bipolaridade ainda não são totalmente definidas, existem
várias teorias que tentam explicar as causas.
Alguns
fatores como: a carga genética, ou seja, onde há na família caso
de bipolaridade, os indivíduos tornam-se mais suscetíveis ao desencadeamento
do transtorno.
Existem
também estudos que afirmam uma diferenciação no córtex cerebral, onde há um
déficit na troca de substâncias realizada pelos neurotransmissores”, explica.
O tratamento
para transtorno bipolar costuma durar por muito tempo, até mesmo
anos. Ele costuma ser feito por diversos especialistas de várias áreas – como
psicólogos, psiquiatras e neurologistas.
A
equipe médica, primeiramente, tenta descobrir quais são os possíveis
desencadeadores da alteração de humor. Também podem ser investigados os
problemas médicos ou emocionais que influenciam no tratamento.
“O
tratamento para a bipolaridade consiste em psicotrópicos específicos
e psicoterapia. Porém, não há uma cura definitiva para este transtorno.
Entretanto, o indivíduo estando medicado e fazendo o acompanhamento não terá
problemas maiores no convívio com a sua patologia”, ressalta a psicóloga.
A
especialista acrescenta que o indivíduo acometido pela
doença deve seguir o tratamento da maneira adequada é possível
conviver tranquilamente com a doença.
“A
pessoa que desconfiar dos sintomas e for diagnosticada deve procurar a
psiquiatria para indicar a medicação específica e a psicologia para
acompanhamento e manutenção da sua estabilidade emocional. Se todas as
orientações forem seguidas corretamente, o transtorno se torna
estável. Não trará problemas maiores”, afirma.
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