FONTE: Do UOL, em São Paulo, (http://noticias.uol.com.br).
Uma mulher que fingiu ser homem para
enganar uma amiga e fazer sexo com ela foi condenada a seis anos e seis meses
de prisão após um novo julgamento.
Em setembro de 2015,
um tribunal britânico condenou a jovem a 8 anos de prisão, mas foi solta após
uma apelação.
No novo julgamento, o
júri considerou Gayle Newland culpada em três acusações de agressão sexual com
penetração. O julgamento ocorreu no mês passado em Manchester, Reino Unido, mas
a decisão foi aprovada nesta quinta-feira (20).
Ao ouvir a sentença,
Newland chorou e bateu os pés gritando "não".
Gayle Newland, 27,
ficou amiga da vítima no Facebook, em 2011, usando um nome masculino no perfil,
Kye Fortune. As duas passaram então a falar por telefone e Newland continuou
fingindo ser homem.
Por fim, concordaram
em se encontrar em 2013. Newland insistiu que a amiga vendasse os olhos para o
encontro.
Elas passaram mais de
cem horas juntas, nas quais a vítima ficou sempre vendada.
O casal manteve
relações sexuais dez vezes até que a mulher tirou a venda e viu que Newland
usava uma prótese de pênis.
Newland alegou que a
vítima sempre soube que ela fingia ser um homem e faziam jogos para explorar
sua sexualidade. Também negou que a tenha forçado a usar vendas ou qualquer
outra coisa para esconder seu rosto.
No primeiro
julgamento, o juiz do caso descreveu a condenada como "uma mulher
mentirosa, intrigante e muito determinada".
"A senhora
manteve esta linha de conduta durante um longo período de tempo no qual brincou
com sentimentos, agindo unicamente para sua própria satisfação sexual sem levar
em conta o impacto devastador que a descoberta da verdade traria a
vítima", afirmou o juiz.
Desde o primeiro
julgamento, Newland tem recebido ajuda profissional para lidar com
"dificuldades de longa data e significativas" com sua sexualidade e o
sexo, disse o advogado da acusada Nigel Powers no novo julgamento.
Um psiquiatra disse
que Newland sofre de transtorno de identidade de gênero, uma condição onde a
pessoa experimenta desconforto ou angústia por dissociação entre seu sexo biológico
e a identidade de gênero.
Na sentença desta
quinta-feira, Newland foi condenada a seis anos de prisão por agressão sexual e
seis meses por fraude. Newland criou dez identidades falsas para receber
pagamentos na época em que ela trabalhava em uma agência de marketing, em 2015,
quando ainda esperava pelo seu primeiro julgamento.
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