Quando sentimos sede significa
que já estamos 20% desidratado.
Nos
dias mais frios é muito comum deixarmos a água de lado. Normalmente sentimos
mais sede no calor, mas isso não significa que a necessidade de hidratação do
nosso organismo se restrinja aos dias quentes.
Pelo
contrário, quando sentimos frio, o nosso metabolismo se acelera para nos
aquecer e para isso, precisa de água. Quando sentimos sede significa que
já estamos 20% desidratado.
Por
isso, o ideal é tentarmos tomar água ao longo do dia, em quantidades pequenas,
sem esperar que a sede apareça. Muitas vezes ela pode até ser confundida com a
sensação de fome porque os dois estímulos são muito próximos. Seus inúmeros
benefícios foram tema deste blog no início do ano passado.
Mesmo
assim consigo fazer mais um post com aspectos que ainda não abordei e que
normalmente não são associados à sua presença ou à sua falta.
Se não
tomarmos o volume que o organismo necessita, ele poderá reter a água que for
ingerida, ou seja, poderá mantê-la fora da circulação para que não seja
eliminada junto com a urina. Essa retenção pode gerar celulites, varizes,
microvasos, manchas roxas na pele, olheiras, hemorroidas, cansaço nas pernas,
inchaço e problemas de circulação em geral.
Por
outro lado, quando estamos bem hidratados, nossa circulação tende a trabalhar
corretamente, fazendo com que os nutrientes cheguem rapidamente onde devem
chegar, mantendo uma boa nutrição celular, o que regula o nosso metabolismo.
A
oxigenação celular também melhora, facilitando a absorção da glicose pelas
nossas células nervosas, o que colabora com a ação dos neurotransmissores, para
equilibrar nossas funções mentais, emocionais e cognitivas.
Se já
não fosse o bastante, a água também auxilia muito o fígado na função de
eliminar toxinas, portanto, se não estiver presente na quantidade adequada, ele
pode ser prejudicado, podendo gerar até uma enxaqueca. Sensações de boca seca
ou amarga podem ser sinais de que o fígado está com dificuldade de cumprir esta
tarefa por falta de água.
Também
não é recomendável ingerirmos líquido durante as refeições. Eu nunca tive esse
hábito, nem consigo comer direito se estiver bebendo alguma coisa, mas sei que
são nesses momentos que os brasileiros mais costumam se hidratar, às vezes são
os únicos momentos em que tomam algum tipo de líquido.
Nessas
situações, ele irá diluir o ácido clorídrico presente naturalmente no estômago,
que têm a função de ionizar as vitaminas e os minerais para que eles sejam
absorvidos pelo intestino, matar fungos e más bactérias, para não desequilibrar
a microbiota intestinal e digerir as proteínas ingeridas.
Esse
ambiente ácido é fundamental para que a gente consiga absorver e aproveitar bem
tudo que estamos comendo. Esse processo dura 1 hora, portanto é bom esperarmos
ele acabar para voltarmos a tomar água.
Quem
tiver muita dificuldade em se alimentar assim, pode tentar tomar algum líquido
cerca de 10 minutos antes de começar a comer e ter, entre as opções, alguns
alimentos que não sejam tão secos, como os legumes e as verduras, por exemplo.
É bom
lembrar que a orientação é a mesma durante todo o ano, um adulto precisa tomar
entre 1,5l e 2 litros de água por dia. Além desse líquido universal, podemos
nos hidratar com água de coco e chás naturais e não adoçados.
No
frio, os chás quentinhos caem muito bem. As frutas, os legumes e as verduras
têm uma alta concentração de água, muitas vezes 80% desses alimentos é composto
por ela, e nos ajudam a manter uma hidratação adequada. Mas, muitas vezes, eles
também são esquecidos quando a temperatura cai.
Para
cumprirem este papel, devemos comer cerca de 5 frutas por dia, uma porção de
verdura e uma de legume a cada refeição. As sopas são ótimas para aquecer o
corpo e nos trazem até um certo conforto, mas não entram na conta da
hidratação, assim como refrigerantes, energéticos, sucos industrializados, café
e chás com cafeína (preto ou mate).
Os
sucos, mesmo que naturais, não são uma opção para serem consumidos com
frequência. Quando as frutas são batidas no liquidificador, elas perdem as suas
fibras, que ajudam o organismo a absorver lentamente o seu açúcar natural, a
frutose. Na forma de suco, ingerimos apenas as vitaminas, os minerais e a frutose,
que mesmo sendo um açúcar de qualidade, pode aumentar o nível de glicose no
sangue. A novidade é que eles devem ser evitados pelas crianças até o seu
primeiro ano de vida. Esta é a mais nova recomendação da Sociedade Americana de
Pediatria, que adiou esse primeiro contato em seis meses. Mesmo após essa data,
a ingestão deve ser limitada a, no máximo, 120 ml por dia para quem tem de 1 a
3 anos de idade, e a 175 ml para crianças de 4 a 6 anos de idade.
Independentemente da idade, o melhor é sempre tomar o suco in natura, sem
adoçar. Quanto mais açúcar os pequenos ingerirem, mais o paladar deles ficará
viciado, mais açúcar eles irão querer e mais difícil será a aceitação de
alimentos com outros sabores. Mas isso é tema para um novo texto. Por
enquanto, vamos brindar à água!
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