O grupo vendia a
aprovação por valores que giravam entre R$ 80 mil e R$ 120 mil.
A
Polícia Civil de Goiás prendeu na quinta-feira (6) cinco suspeitos de
fraudes em vestibulares de Medicina em 12 Estados e no Distrito Federal. Os
envolvidos foram flagrados por investigadores disfarçados. O grupo vendia a
aprovação por valores que giravam entre R$ 80 mil e R$ 120 mil, conforme o tipo
de entrega do gabarito.
A
polícia estima que 170 estudantes tenham sido beneficiados pelo esquema e que
pelo menos metade tenha sido aprovada. Os agentes filmaram os suspeitos
enquanto eles “ensinavam” a fraude. Eles utilizavam aparelhos celulares debaixo
de roupas íntimas bem justas, para disfarçar.
Foram
presos o empresário Rogério Cardoso de Matos, apontado como chefe da quadrilha;
o estudante de Engenharia Civil Mateus Ovídio Siqueira; Fernando Batista
Pereira, que negociava os aparelhos celulares e ensinava a ocultar o
equipamento; e dois aliciadores identificados como Osmar e Elisângela.
O
delegado Cleybio Januário Ferreira se passou por fiscal e flagrou Ovídio
Siqueira com um celular passando o gabarito para os candidatos. Os nomes dos
investigados que foram aprovados serão encaminhados para as universidades para
que elas promovam a exclusão deles e melhorem o controle aos locais de provas.
Defesa.
A reportagem não conseguiu contato com os advogados dos presos. Em uma conversa entre um suspeito e uma agente infiltrada como candidata ele garante todo 'apoio' para defender os candidatos. “A gente tem advogado, a gente tem tudo. Se der algum problema, não entra em pânico e fala assim: 'Alguém vai me ajudar'. Eu vou ajudar. Eu tenho os melhores advogados.”
A reportagem não conseguiu contato com os advogados dos presos. Em uma conversa entre um suspeito e uma agente infiltrada como candidata ele garante todo 'apoio' para defender os candidatos. “A gente tem advogado, a gente tem tudo. Se der algum problema, não entra em pânico e fala assim: 'Alguém vai me ajudar'. Eu vou ajudar. Eu tenho os melhores advogados.”
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