FONTE: *** Heloísa Noronha, Colaboração para o UOL, (http://estilo.uol.com.br).
Estimular a próstata, aquela glândula escondidinha
no reto do homem, pode gerar muito prazer e orgasmo intenso. Mas o primeiro
passo para curtir isso é esquecer preconceitos e conhecer como ela funciona e o
melhor jeito de estimulá-la. Guarde os tabus em uma gaveta bem fechada e leia
as dicas a seguir de cabeça aberta, ok?
1. Carícia na próstata não é "coisa de gay".
Ideia antiga e ultrapassada. Esqueça isso de uma
vez por todas! A orientação sexual envolve fatores múltiplos, e não o simples
prazer em uma parte do corpo. Cada um é livre para fazer o que tem vontade,
desde que a outra pessoa tope. Infelizmente, muitos homens ainda se deixam
levar pela história machista de que a única zona erógena responsável por seu
prazer é o pinto. Não é! O "fio terra" assusta, sem necessidade, a
homarada, mas pode ser delicioso.
2. A próstata é considerada o ponto G dos homens.
A fama, na verdade, se deve mais aos depoimentos
e relatos do que a estudos científicos. O que se sabe, segundo especialistas:
toda a região genital, perineal e algumas partes internas do reto e da uretra é
rica em nervos e, portanto, tem bastante sensibilidade. A próstata é tida como
o ponto G masculino porque seu estímulo gera um tipo de orgasmo diferente e, em
alguns casos, mais intenso do que o decorrente do estímulo genital.
3. Ela produz o sêmen.
A próstata é uma glândula que faz parte do
sistema reprodutor masculino, ou seja, ela está mais relacionada à reprodução
do que ao prazer. Ela é responsável pela produção de mais de 80% do sêmen e
suas secreções são fundamentais para manter os espermatozoides vivos até a
chegada ao óvulo para a fertilização. Quando o homem ejacula, libera grande
parte da secreção prostática que está acumulada na glândula. Se fica muito
tempo se ejacular, a próstata fica congesta.
4. Refúgio secreto.
Uma próstata saudável pesa cerca de 20 gramas e
tem o tamanho de uma noz e a consistência da ponta do nariz. Normalmente fica a
alguns centímetros da borda anal, na parede anterior do reto. Ela não faz parte
do intestino, mas para tocá-la é necessário introduzir o dedo no ânus cerca de
7 centímetros para dentro do reto. Apenas uma parte dela é estimulada com o
toque.
5. Antes do "vamos ver".
Primeiro, é bom escolher o momento adequado.
Estar relaxado (e a fim) é fundamental, assim como usar um lubrificante íntimo.
Quem for estimular precisa evitar manobras intempestivas e unhas muito
compridas, que podem machucar a parede do reto. É melhor que o cara tenha feito
cocô antes (e, óbvio, tomado um bom banho).
6. Na hora do "vamos ver".
Acariciar ou manipular suavemente outras regiões
simultaneamente --pinto, mamilos, saco-- torna a experiência mais agradável e
cômoda. Se o homem ficar de barriga para baixo, o ideal é que a polpa do dedo,
onde está a digital, da pessoa fique virada para baixo, também. Uma leve
pressão basta para estimular a próstata. Se o cara ficar de barriga para cima,
a digital também fica para cima.
7. Você pode tentar brinquedos.
Há estimuladores e vibradores específicos e
seguros para o ânus, como The Walker, Nexus e DOM, que podem ser usados a dois
ou a sós. Feitos de material macio, não provocam machucados nem oferecem
riscos. Não use objetos que não tenham essa finalidade.
8. Nem todo mundo pode receber o estímulo.
Qualquer tipo de ferida na região anal ou do
períneo exige o cuidado médico antes do estímulo dessa área. A próstata não
deve ser pressionada se o homem apresenta um quadro de prostatite bacteriana,
pois ajudaria a disseminar a bactéria para a circulação. A manipulação também é
proibida em casos de infecção urinária, orquite, epididimite, HPV ou
hemorróidas.
*** FONTES: Alex Meller, urologista da Unifesp
(Universidade Federal de São Paulo); Leila Campos, sexóloga e terapeuta sexual,
de Macaé (RJ); Paulo Tessarioli, presidente da Abrasex (Associação Brasileira
dos Profissionais de Saúde, Educação e Terapia Sexual), e Valter Javaroni,
chefe do Departamento de Medicina Sexual e Infertilidade da SBU (Sociedade
Brasileira de Urologia), regional RJ.
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