FONTE: *** Heloísa Noronha, Colaboração com o UOL
(http://estilo.uol.com.br).
Em vez de prazer, o sexo pode se tornar uma fonte
horrenda de tortura se você se deixar levar por receios e pensamentos
negativos. Listamos algumas encanações --inúteis, quase sempre-- para você
deixar de lado e viver transas mais gostosas e sem encanações.
1º medo: não satisfazer o par.
Evite se encher de muitas expectativas e encare o
que vai rolar com mais naturalidade. Para os homens, o pavor de brochar e não
conseguir satisfazer a mulher só eleva a pressão, e as chances disso acontecer
aumentam. Quando estamos fazendo sexo com alguém, é claro que queremos
satisfazer aquela pessoa. Mas essa busca não pode ser exagerada, afinal, você
também deve curtir. Então ter medo de que o outro não saia satisfeito e passar
a noite tentando exibir a melhor performance possível só fará a noite ser
péssima. A dica é se jogar. Sexo bom é sexo que se encaixa e isso só vai
acontecer se os dois se libertarem.
2º medo: não gozar, e o par
também não.
Ainda existe uma cultura muito forte de que o sexo
só é bom quando os dois têm orgasmo. Entretanto, existe muuuito mais antes
disso. Gozar é uma consequência do sexo e o medo disso não acontecer, ou a
necessidade de fazer isso acontecer, só leva o casal a não aproveitar o caminho
até lá. Tentar pode ser muito divertido, sabia? Relaxe!
3º medo: mostrar o corpo.
A vergonha do próprio corpo é um medo recorrente em
homens, também, mas com maior incidência entre as mulheres. E não só na
primeira vez em que vão transar, não. Muita gente não se sente à vontade porque
engorda, emagrece, passa por alguma cirurgia, um monte de coisas... Na hora H,
porém, o outro nem está analisando (ou ligando) para nada disso. Os toques, o
contato com a pele, os sussurros, as carícias... Tudo isso realmente importa
mais.
4º medo: o que rola depois.
Espontaneidade e serenidade são as palavras-chave.
O depois pode ser preenchido ou não. Se não houver troca e empatia, não
acontecerá. Se houver, nada como uma boa conversa ou iniciar tudo de novo.
5º medo: não saber o que excita.
Bom, há duas formas de lidar com isso: a primeira é
prestando atenção nas reações da pessoa, nos gemidos, na maneira como mexe as
pernas ou acaricia você... A linguagem corporal envia pistas muito importantes;
se o par não estiver curtindo algo, você vai sacar só de ver a expressão ou o
jeito incomodado de a pessoa se revirar. A segunda, obviamente, é perguntando.
Não precisa fazer um questionário, mas frases como: "Gosta, assim ou mais
forte?" ou "Quer que continue?".
6º medo: propor coisas novas.
Os motivos podem ser vários... Por parte da mulher,
preocupação em não ferir o orgulho masculino ao sugerir brincarem com um
vibrador. Já o homem pode se inibir por achar que, se inventar algo, a parceira
vai repreendê-lo, e as coisas esfriarão. Esse dilema pode ser solucionado se o
casal optar por conversar sobre a possibilidade de experimentar novidades LONGE
da cama, em vez de abordar isso bem na hora de transar, e resolverem, juntos, o
que topam ou não.
7º medo: se expressar.
Uma educação muito rígida, timidez, inexperiência
ou experiências malsucedidas no passado podem inibir as pessoas, tornando-as
mais fechadas e incapazes de se comunicarem de maneira natural na cama. Some-se
a esse quadro o receio do julgamento e o que se tem é uma vida sexual incompleta
e infeliz. Há, também, quem evite gritar ou gemer muito alto. Em vez de se
concentrar no que o par pode ou não achar, invista na libertação e fale o que
deseja, nem que seja para começar aos poucos e em um volume baixo.
8º medo: pagar algum mico.
Cair da cama, dar uma cotovelada na cara do par, se
atrapalhar ao tentar uma posição, soltar um pum na hora H, transpirar
excessivamente, entre outras, são situações que podem acontecer durante uma
transa. E daí? Somos seres humanos, e com certas necessidades e características
fisiológicas que todo mundo tem. Cometeu uma gafe? Encare com leveza e humor,
dê risada e siga em frente.
9º medo: ganhar o rótulo de
"ruim de cama".
Por mais que você se esforce, isso não depende só
de você, certo? Tem também a ver com a percepção, a bagagem e até a boa vontade
da outra pessoa. E os dois são responsáveis pelo sucesso (ou não) da relação.
Portanto, domine a ansiedade. E se for alvo do rótulo, lembre-se de que se ele
foi dado por uma só pessoa, a fila anda. Se mais de uma criticou sua
performance, não se deixe abalar, filtre o que ouviu e busque melhorar, se é
que você acha que precisa.
*** FONTES: Breno Rosostolato, psicólogo e
educador sexual, de São Paulo (SP); Cátia Damasceno, especialista em
sexualidade do site Mulheres Bem Resolvidas; Priscila Junqueira, psicóloga
especialista em Sexologia pela FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo), e Tatiana Presser, psicóloga, sexóloga e autora do livro “Vem
Transar Comigo” (Ed. Rocco).
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