Boa
notícia para quem não abre mão de um drink no final do dia. De acordo com um
novo estudo da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, e da Universidade
Shandong, na China, o consumo regular moderado de bebida alcoólica pode ajudar
as pessoas a viverem mais.
Depois
de analisar dados de 333.247 americanos que participaram da pesquisa nacional
de saúde entre os anos de 1997 e 2009, levando em conta os hábitos dos
participantes em relação ao consumo de álcool, os pesquisadores concluíram que
a ingestão moderada de bebidas alcoólicas pode
reduzir o risco de morte prematura e por doenças cardiovasculares.
Os
autores consideraram o consumo moderado como menos de 14 doses
para homens e sete para mulheres por
semana, sendo que uma dose equivale a 285 ml de cerveja, 120 ml de vinho e
aproximadamente 30 ml de destilado.
Redução do
risco.
Ao
longo dos anos, 34.754 participantes morreram de diversas causas. Entre eles,
8.947 mortes estavam relacionadas especificamente à doença cardiovascular e
8.427, ao câncer.
A
partir desses dados, os cientistas chegaram a conclusão de que o consumo
moderado do álcool estava associado a uma redução de morte prematura
de 13% em homens e 25% em mulheres. Em relação à probabilidade de
morte por doença cardiovascular, houve uma diminuição de
21% em homens e 34% em mulheres.
Consumo
exagerado tem efeito contrário.
Em
contrapartida, os homens que bebiam quantidades acima do limite tinham 25% mais
chances de morrer precocemente, de diversas causas, e 67% mais chances de
morrer devido ao câncer. Nas mulheres, entretanto, esses riscos relacionados ao
consumo excessivo não foram percebidos de forma significativa.
“Nosso
estudo mostra que o consumo leve e moderado pode ter
um efeito protetor contra doença cardiovascular,
enquanto o consumo exagerado pode levar à morte”, disse Bo Xi, professor da
Escola de Saúde Pública da Universidade Shandong, na China, e principal autor
do estudo, ao jornal on-line britânico The Telegraph. “Existe um
equilíbrio delicado entre os efeitos benéficos e prejudiciais do consumo do
álcool, que devem ser postos em evidência.”
Estudo
rigoroso.
No
estudo, os participantes foram divididos em seis grupos baseados nos
diferentes padrões de consumo de álcool: pessoas
abstêmias; pessoas que, em geral, beberam pouco ao longo da vida; pessoas que
costumavam beber, mas reduziram o consumo consideravelmente (menos de três
doses por semana); pessoas que bebem com moderação (mais de três doses por
semana, mas dentro do limite) e pessoas que bebem em excesso (mais de 14 doses
por semana entre os homens e mais de sete entre as mulheres).
“Nós
consideramos abordagens estatísticas rigorosas para abordar questões relatadas
em estudos anteriores, como o viés da pessoa que se
absteve a vida inteira, o fenômeno do paciente que decidiu parar de beber e o
ajuste de possíveis fatores limitadores”, explicou Sreenivas Veeranki,
professor de medicina preventiva e saúde comunitária da Universidade do Texas.
“Ainda assim, existe uma relação proporcional entre o consumo de álcool e
a mortalidade, então as pessoas devem beber com
consciência.”
Idosos
Segundo
os especialistas, as descobertas mostram que, para a maioria das pessoas
idosas, os benefícios gerais do consumo do álcool
podem superar o possível risco de câncer. Apesar de o consumo excessivo do
álcool estar associado a uma série de problemas de saúde, inclusive o risco
cardíaco, ele pode ter um efeito protetor contra doenças se consumido
com moderação.
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