FONTE: Colaboração para o UOL (http://noticias.uol.com.br).
Uma mulher norte-americana passa por
um drama bem incomum. Kaylee Moats nasceu sem vagina após ser diagnosticada com
a síndrome de Rokitansky. Agora, tenta angariar verba para a cirurgia de
construção de uma abertura vaginal por financiamento coletivo.
A síndrome de Rokitansky é
caracterizada por uma má formação do órgão sexual feminino, que pode gerar uma
vagina encurtada (ou inexistente) e a não-formação de um útero.
A cirurgia custa 15 mil dólares
(cerca de R$ 48 mil). A necessidade de criar um financiamento coletivo se deu
porque o seguro de saúde de Kaylee não financiará com a alegação de que não é
um tratamento que salve vidas.
Até agora, US$ 3.500 (cerca de R$ 11
mil) foram angariados para tratar este problema que afeta apenas uma em cada
cinco mil mulheres.
Em entrevista à Barcroft TV
ela contou que tudo começou com a falta de menstruação até os 18. Isso fez
Kaylee perceber que alguma coisa estava errada. Para checar se a percepção
tinha algum fundamento, ela foi ao médico. O doutor percebeu que a jovem não
tinha útero, colo do útero, vagina ou abertura vaginal.
Geralmente as mulheres demoram para
descobrir este problema porque a parte externa da genitália (vulva) é normal, e
elas sentem prazer por estimulação do clitóris.
Esta notícia deixou Kaylee e a sua
família devastadas. Principalmente porque eles perceberam que ela não poderia
ter filhos. "Estou triste por não poder ter filhos. Isto faz me sentir
menos mulher, porque não consigo fazer o que as mulheres estão aptas a fazer",
falou Kaylee para a Barcroft TV.
"Tive uma sensação do tipo: por
que? Por que ela tem isso", admitiu a sua mãe, Laura Moats, na mesma
entrevista.
A irmã de Moats, Amanda, escreveu na
página de financiamento coletivo: "Não houve nada pior do que saber que os
sonhos da minha irmã por sua vida foram mudados tão drasticamente em um
instante, e eu ou qualquer outra pessoa não podemos fazer para melhorar".
Kaylee já sabe o que fazer. "Meu
próximo passo é fazer essa cirurgia de reconstrução vaginal. Assim eu posso estar
apta a fazer relações sexuais com meu futuro marido ou mulher".
Ela admitiu que quando começou a
namorar, teve dificuldade em saber como o namorado lidaria com a situação.
"Quando eu e ele começamos a namorar, minha dúvida era: quando vou contar
para ele? Como ele vai reagir?
Mas Robert Limmer reagiu bem:
"Quando ela me contou a história, isto só me fez amá-la ainda mais. Eu
disse que estarei ao lado dela para o que ela precisar".
Outros casos são conhecidos. Em 2016,
uma mulher de 27 anos revelou que
descobriu um problema semelhante quando tinha 16 anos. O UOL
Estilo, em março, falou com mulheres que também tiveram a síndrome e
revelaram os dramas de conviver com isso e explicaram como isso mexeu com a vida sexual delas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário