Consultar
o dentista a cada semestre ou a cada ano é essencial para identificar problemas
bucais como a cárie, a periodontite e o
acúmulo de biofilme. Além de detectar e reverter as condições, esse
profissional de saúde tem um papel fundamental para flagrar outras doenças que
ultrapassam as fronteiras da boca. O Conselho
Regional de Odontologia de São Paulo listou
nove enfermidades que dão sinais por ali:
1. Sífilis.
Um
dos primeiros sintomas dessa infecção bacteriana é uma ferida na gengiva que
demora a cicatrizar. Ela também pode causar placas vermelhas e úlceras nessa
região. O Brasil, aliás, vive um surto da doença: só no estado de São Paulo
houve um crescimento de 603% no número de casos em seis anos. O problema é
ainda maior para gestantes e bebês: a elevação foi de 1001% nesse grupo. E
pensar que um simples antibiótico é capaz de tratar o quadro e evitar muitas de
suas complicações…
2. Leucemia.
Esse
tipo de câncer que se inicia na medula óssea e afeta as células do sangue é
marcado por um inchaço da gengiva e uma maior propensão a sangramentos espontâneos
sem nenhuma razão aparente. O aparecimento dessas características exige muita
atenção.
3. Anemia.
A
ausência de glóbulos vermelhos saudáveis causa fadiga, palidez, falta de ar e tonturas. Outra manifestação é uma língua mais lisa — parece que ela fica “careca”, como um pneu
velho que rodou muito por avenidas e estradas. O ideal é que esse músculo
esteja sempre áspero e brilhante.
4. Bulimia.
Esse
transtorno psiquiátrico é marcado por abusos de laxantes e pela indução de
vômito. O paciente ainda alterna episódios de compulsão seguidos por momentos
compensação. O hábito de regurgitar com frequência faz com que muitos ácidos do
estômago cheguem à boca. Isso destrói as camadas superficiais dos
dentes e machuca toda a mucosa.
5. Câncer bucal.
O
vírus HPV, transmitido durante o sexo, está por trás da maioria
dos casos de câncer do colo do útero. Ele também é um dos principais vilões dos tumores de cabeça e pescoço. Na boca, ele forma verrugas que podem evoluir para uma
encrenca mais séria. Se você perceber alguma afta ou lesão que não desaparece
após duas semanas, é bom verificar logo com o dentista o que está acontecendo.
6. Doenças Autoimunes.
Enfermidades
como o lúpus eritematoso sistêmico e o pênfigo vulgar, em que o próprio sistema imune
ataca estruturas do corpo, podem dar sinais como úlceras nas mucosas da boca.
Essas feridas doem bastante e não costumam se fechar facilmente.
7. Diabetes.
O
descontrole nas taxas de açúcar pode vir junto com um hálito ruim. Há quem diga que o cheiro se assemelhe ao de frutas
envelhecidas. Esses pacientes usualmente apresentam gengivite, a inflamação das gengivas.
8. Cirrose
hepática.
Lesões
no fígado têm inúmeras causas, como o álcool, a gordura e alguns tipos de
vírus. Se não tratadas a tempo, elas podem se tornar crônicas e comprometer de
vez a saúde. Nesses indivíduos, as partes moles da boca mudam de cor e chegam a
ficar até amarelas ou esverdeadas.
9. AIDS.
A
doença provocada pelo vírus HIV pode aparecer aqui por meio de gengiva
inflamada, placas esbranquiçadas, linhas verticais brancas na região lateral da
língua e aftas de grande extensão. O sistema imune enfraquecido pela infecção
possibilita que outros micro-organismos tomem conta do espaço e levem a todas
essas chateações.
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