FONTE: Do UOL, em São Paulo (http://noticias.uol.com.br).
Ao avaliar as
diferenças cerebrais específicas entre mulheres e homens, um estudo
norte-americano identificou uma maior atividade no cérebro das pacientes do
sexo feminino. Os resultados foram publicados na última segunda-feira (7) no Journal
of Alzheimer's Disease.
Os pesquisadores
compararam 46.034 exames de tomografia computadorizada fornecidos por nove
clínicas dos Estados Unidos para quantificar as diferenças entre os cérebros de
homens e mulheres. Este é o maior estudo funcional de imagens cerebrais.
"Essa avaliação
é importante para a compreendermos os riscos baseado em gênero para distúrbios
cerebrais, tais como o Alzheimer", ressaltou o psiquiatra Daniel G. Amen,
autor principal do estudo.
Os cérebros das
mulheres, segundo o artigo, foram significativamente mais ativos em muitas
áreas do cérebro, especialmente no córtex pré-frontal [envolvidos com foco e
controle de impulsos] e nas áreas limbic ou emocional do cérebro [envolvidas
com humor e ansiedade]. Já os centros visuais e de coordenação do cérebro eram
mais ativos nos homens.
O aumento do fluxo sanguíneo do córtex pré-frontal nas mulheres pode explicar
por que o sexo feminino tende a exibir maiores forças nas áreas de empatia,
intuição, colaboração, autocontrole e preocupação apropriada.
O estudo também
encontrou aumento do fluxo sanguíneo nas áreas límbicas do cérebro das
mulheres, o que também pode explicar parcialmente por que as mulheres são mais
vulneráveis à ansiedade, depressão, insônia e distúrbios alimentares.
Ao todo, foram
avaliadas 128 regiões do cérebro de 119 voluntários saudáveis e 26.683
pacientes com uma variedade de condições psiquiátricas, tais como trauma
cerebral, distúrbios bipolares, distúrbios do humor, esquizofrenia / distúrbios
psicóticos e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.
Compreender essas
diferenças é importante porque os distúrbios cerebrais afetam os homens e as
mulheres de forma diferente. As mulheres têm taxas significativamente mais
altas de doença de Alzheimer e depressão, enquanto os homens têm taxas mais
altas de transtornos do déficit de atenção com hiperatividade.
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