Se
você quer ter eficiência mecânica e prazer na corrida, é preciso ter o corpo
forte e flexível. Isto é, equilibrado. Braços como remos, pés que funcionam
como molas, coluna reta e tronco ligeiramente projetado à frente não são
suficientes.
Se o
“empilhamento” das unidades corporais não estiver equilibrado, o desempenho
será prejudicado. O corpo é uma teia onde tudo está conectado. Vivemos uma
grande batalha contra a gravidade. Nesse aspecto, os seres humanos não diferem
de nenhum outro corpo material, todos estão sujeitos às leis da mecânica.
Os
homens consistem de unidades empilháveis: os ossos (posição no espaço) e
tecidos moles (sustentação). Quando os tecidos moles estão flexíveis, bem
orientados, os ossos vão funcionar livremente. A estrutura vai apresentar menos
resistência e a gravidade vai poder “fluir” pelo corpo.
Quando
isso não acontece, nem mesmo a respiração é adequada. O diafragma, por exemplo,
ator principal da respiração, age também no empilhamento vertebral correto e,
ao mesmo tempo, depende intensamente da estática vertebral. É o ponto de
equilíbrio do corpo inteiro.
As
tensões musculares acumuladas progressivamente impedem a fluidez do movimento
diafragmático. Assim como toda emoção influencia diretamente no ritmo
respiratório e cardíaco.
O
estresse da vida moderna, maus hábitos, o tempo e a maneira que passamos
sentados podem gerar uma tensão crônica no diafragma e em outros músculos, tais
como o psoas, que está ligado diretamente a ele pela fáscia (tecido de
conexão).
O psoas
é o músculo mais profundo e estabilizador do corpo humano. É o único músculo
que liga a coluna vertebral às pernas. Ele nos faz levantar as pernas, andar e
contém os órgãos internos. É chamando “músculo da alma”, centro de energia do
corpo e fundamental para correr em equilíbrio.
Quanto
mais forte, flexível e organizado, melhor será a funcionalidade dos ossos,
músculos e articulações. O psoas estabiliza o corpo, que economiza energia. O
diafragma móvel permite liberdade na respiração e abastece órgãos abdominais e
cardiorrespiratórios.
Conclusão:
se tivermos um corpo com boa verticalidade, boa ventilação e sintonia com o
meio ambiente, podemos viver o momento “corrida”, executado pelo homem desde os
ancestrais, como algo natural e harmonioso.
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