FONTE: *** Do UOL, em São Paulo (http://noticias.uol.com.br).
Uma dose extra de vitamina B3 pode
prevenir abortos espontâneos e certos tipos de defeitos congênitos, segundo um
estudo publicado na revista científica The New England Journal of Medicine.
A vitamina, de acordo com
pesquisadores do Victor Chang Institute, em Sydney (Austrália), pode ajudar a
compensar os defeitos na capacidade do corpo de produzir uma molécula chamada
NAD (dinucleótido de nicotinamida e adenina).
É primeira vez que cientistas ligam
essa coenzima ao desenvolvimento fetal saudável em seres humanos. A descoberta
levanta a possibilidade de que o aumento dos níveis de B3 nas dietas das
mulheres grávidas possa ajudar a reduzir as taxas globais de defeitos
congênitos.
Com 7,9 milhões de bebês nascidos a
cada ano com um defeito de nascimento em todo o mundo, o Victor Chang Institute
espera que os benefícios do estudo sejam de grande alcance. Mas, segundo
Matthew Vander Heiden, pesquisador do Massachusetts Institute of Technology,
ainda são necessários mais estudos humanos antes que os médicos possam
recomendar o suplemento às gravidas.
Como foi
desenvolvido o estudo.
Os pesquisadores analisaram o DNA de
quatro famílias nas quais as mães sofreram abortos espontâneos múltiplos ou
seus bebês nasceram com múltiplos defeitos congênitos, como problemas cardíacos,
renais, vértebras e físicos.
Foram encontradas mutações na
molécula NAD --que permite que células gerem energia e órgãos para se
desenvolverem normalmente-- e replicadas em ratos.
"Identificamos, no entanto, que
com a B3 você pode aumentar os níveis de NAD e prevenir completamente os erros
e os defeitos congênitos. Isso ultrapassa o problema genético", disse
Sally Dunwoodie, principal autora do estudo. "É raro que você encontre uma
causa e uma prevenção no mesmo estudo. E a prevenção é tão simples, é uma
vitamina", completou.
Embora a descoberta seja excitante,
como descreveu Katie Morris, especialista em medicina fetal materna da
Universidade de Birmingham, ainda é preciso ter cautela nas recomendações
médicas. "As doses utilizadas nesta pesquisa foram 10 vezes as doses
diárias recomendadas para suplementação em mulheres". Segundo Morris, os
efeitos colaterais desta alta dosagem ainda são desconhecidos.
*** Com informações da BBC.
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