Você
já teve a sensação de enxergar pontinhos pretos se movendo quando direcionava a
visão para algum objeto ou superfície clara? Pensou que estava tendo alguma
alucinação, mas esta visão continuou a persistir?
Estes
pontos pretos são chamados de moscas volantes. O termo veio do latim, pois há
mais de dois mil anos, na Roma antiga, as pessoas já usavam a expressão
"musca e volitantes" para descrever esse problema oftalmológico. São
pequenos pontos escuros, manchas, filamentos, círculos ou teias de aranha que
parecem mover-se na frente de um ou de ambos os olhos. Percebidas mais
facilmente durante a leitura ou quando se olha fixamente para uma parede
branca.
Mas
é importante citar que com o processo natural de envelhecimento, o vítreo -
fluído gelatinoso que preenche o globo ocular - contrai-se, podendo se separar
da retina em alguns pontos, sem que isto cause obrigatoriamente danos à visão.
As moscas volantes são proteínas ou minúsculas partículas de vítreo condensado,
tecnicamente chamados grumos, formadas quando o vítreo se solta da retina.
Embora pareçam estar na frente do olho, na realidade, elas estão flutuando no
vítreo, dentro do olho. Nem sempre as moscas volantes interferem na visão. Mas,
quando passam pela linha de visão, as partículas bloqueiam a luz e lançam
sombras na retina, a parte posterior do olho onde se forma a imagem.
Este
problema ocorre com maior frequência após os 45 anos, entre as pessoas míopes,
as que se submetem à cirurgia de catarata ou ao tratamento com laser
intraocular e também entre as que sofreram inflamação dentro dos olhos.
Mas
é importante ressaltar que caso as moscas volantes não se encontrem
relacionadas a um problema sério, como a perda parcial ou total da visão,
flashes luminosos, olho vermelho e dor, não será necessário tratamento. Com o
passar do tempo elas tendem a diminuir. Mas, se as moscas volantes forem um
sintoma de descolamento ou rasgo da retina, elas devem ser tratadas com laser
ou por crioterapia, ou até por cirurgia, a fim de evitar a cegueira.
Por
isso, consulte seu oftalmologista e faça os exames necessários para o
diagnóstico correto, a fim de ter o tratamento adequado.
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