quarta-feira, 1 de novembro de 2017

SENSIBILIDADE NOS DENTES? ELES PODEM ESTAR TRINCADOS!...

FONTE:, (https://www.msn.com).




Você sabia que os dentes são as estruturas mais resistentes do corpo humano? Isso não impede que possam sofrer fraturas, e de vários tipos. Rachar um dente pode ser mais fácil do que imaginamos: eles se quebram por impacto, e os restaurados podem rachar por conta do esforço repetitivo da estrutura dental que restou. Também é comum que ocorra a formação de trincas nos dentes de quem tem  bruxismo ou apertamento. “Geralmente os desconfortos que acompanham os pacientes com esses problemas são sensibilidade generalizada ao morder, dor em um dente específico, dores na articulação perto do ouvido e até dores musculares na face”, explica Fabiana Mantovani Gomes França (CROSP 66151), coordenadora do curso de Graduação em Odontologia da Faculdade São Leopoldo Mandic.

Morder alimentos ou objetos duros, como gelo, nozes ou balas, também podem levar à fratura das estruturas dentais já fragilizadas devido a tratamentos de canal ou muitas restaurações, por exemplo. Porém, algumas vezes o dente sofre a fratura mesmo sem um impacto grande. Isso acontece devido ao esforço repetitivo causado por algum distúrbio na mordida, o que leva à diminuição da resistência da estrutura dental.

A sensibilidade, que em muitos casos pode ser característica dos dentes trincados, está relacionada ao tamanho e intensidade das rachaduras. Elas permitem que o estímulo externo de calor ou de pressão devido a mastigação cheguem mais rapidamente à polpa dental (núcleo do dente). Se a trinca foi muito extensa, acontece a passagem de bactérias da boca para o interior do dente, causando inflamação do tecido pulpar e, nestes casos, é necessário o tratamento do canal.

Por mais que as causas deste problema possam ser consideradas comuns, seu diagnóstico pode ser trabalhoso, uma vez que as trincas podem não ser perceptíveis a olho nu. “A identificação de uma trinca somente no esmalte do dente é diagnosticada pela transiluminação, isto é, incidindo uma luz contra a coroa do dente, o que permitirá identificar ‘estrias’ sugestivas deste tipo de trauma”, explica Regis Burmeister dos Santos (CRORS 2793), professor titular da área de Endodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Segundo o professor, há diferentes níveis de rachaduras: as fraturas podem envolver, além do esmalte (parte mais exterior do dente), também a dentina (“camada” intermediária), chegando a atingir a polpa dentária.

Além de ser um dano à estrutura dental, essas rachaduras podem fazer com que pequenos fragmentos se desprendam dos dentes e se alojem na gengiva, podendo causar uma inflamação no local. Outra consequência das fraturas pode ser o desenvolvimento de um processo inflamatório no dente, provocado pela contaminação bacteriana através do espaço provocado pela fissura. Para prevenir esse tipo de problema é necessário ficar atento: pessoas que rangem ou apertam os dentes precisam procurar um cirurgião-dentista. 


Santos explica que as rachaduras provocadas por acidentes exigirão tratamentos mais ou menos complexos, dependendo da extensão e dos tecidos envolvidos. Podem ser necessários tratamentos endodônticos (de canal), periodontais (de gengiva) ou cirúrgicos, com ou sem complementação por próteses ou restaurações, de acordo com cada caso.  Tratar a causa do apertamento dental também é importante. França defende um atendimento multidisciplinar, que inclua também o acompanhamento de um fisioterapeuta e de um psicólogo ou psiquiatra, uma vez que esse distúrbio pode ter causa psicológica.

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