Tomar remédio às vezes parece mais difícil do que sugerem as ordens
médicas. Podemos ou não podemos, por exemplo, ingerir o dito cujo em jejum? E eu posso cortar as drágeas e comprimidos para
engoli-las com mais facilidade? Pois bem: SAÚDE responde a essas e a outras das
principais dúvidas que as pessoas têm sobre esse assunto:
1. Posso
cortar drágeas e comprimidos ao meio?
Melhor
não. Nada garante que as duas metades ficarão iguais. Isso só está liberado
para aqueles comprimidos que possuem um sulco no meio. A prática,
porém, deve ser orientada pelo médico.
2. E abrir cápsulas?
De
jeito nenhum! A capinha serve para evitar que a droga seja atacada pelo suco
gástrico. Se você tem dificuldades de deglutir, veja se não há outras
apresentações do mesmo princípio ativo.
3. Com que líquido devo engolir?
O
bom e velho copo d’água é, de longe, o mais indicado. Existem compostos que
são sensíveis à acidez da laranjada ou do leite e acabam se
deteriorando prematuramente.
4. Posso engolir a seco, sem nenhum
líquido?
Por
mais que algumas pessoas tenham facilidade, não é muito indicado fazer isso. Há
o risco de o comprimido grudar no esôfago e provocar uma grave irritação na
parede desse tubo.
5. Beber álcool corta o efeito?
Álcool
e remédios podem levar a uma sobrecarga do fígado quando
consumidos em conjunto. Além disso, alguns fármacos têm seus efeitos
potencializados ou neutralizados pelos drinques.
6. Devo tomar em jejum ou de barriga
cheia?
A
recomendação está escrita na bula. Certos medicamentos precisam do estômago
vazio para funcionarem, enquanto outros causam até gastrite se não houver um alimento junto.
7. E se eu tomar fora de hora?
O
ideal é sempre respeitar o tempo prescrito. Se você esquecer, tome assim que
lembrar. Caso tenham se passado muitas horas, comece a contar um novo intervalo
a partir dali.
*** Fontes: Moacyr
Luiz Aizenstein, Farmacêutico, Professor Sênior do Departamento de Farmacologia
do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo; Eurico
Correia, Diretor Médico da Pfizer Basil; Amouni Mourad, Assessora Técnica do
Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo.
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