FONTE: Redação RedeTV! http://www.redetv.uol.com.br
O
Brasil tem uma lista com 168 estatais e 109 subsidiárias com grande potencial
para privatizações. Muitas dessas empresas pertencem à União, mas há outras
espalhadas por todos os estados do país e que pertencem aos governos locais.
Juntas, teriam condições de gerar entre R$ 400 bilhões e R$ 500 bilhões ao
país. O levantamento é do jornal Folha de S.Paulo.
Entre essas empresas, aponta a
reportagem, estão a Eletrobras, que pertence à União, a Sabesp, do governo de
São Paulo, a Cedae, no Rio de Janeiro, a Empresa Baiana de Alimentos e a
Companhia de Processamento de Dados da Paraíba.
Esses números foram obtidos depois
que a consultoria internacional Roland Berger avaliou 496 estatais do Brasil. A
empresa, entretanto, excluiu do cálculo 219 empresas, algumas por não poderem
ser vendidas e outras por não possuírem informações disponíveis para análise.
Ainda segundo o levantamento da
consultoria, O Governo Federal concentraria 71% do potencial de arrecadação, o
que poderia gerar cifras na casa dos R$ 421 bilhões. Esse valor seria
suficiente para cobrir quase três vezes o déficit primário do setor público
que, segundo o Banco Central, é de R$ 149 bilhões quando se somam os números da
União, dos estados e dos municípios.
O estudo, entretanto, alerta que o
maior potencial estaria em empresas que, no momento, o país não cogita
privatizar, como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil. Para a Roland
Berger, a venda dos dois bancos poderia render R$ 117 bilhões à União.
Além da União, o levantamento mostra,
também, que vários estados endividados, como o Rio de Janeiro e o Rio Grande do
Sul, poderiam abater boa parte de suas dívidas públicas com a venda de algumas
de suas estatais.
De
acordo com a Folha, alguns estados estudam privatizações. São Paulo, por
exemplo, estuda a venda da Cesp e da Sabesp. O Rio de Janeiro trava uma batalha
na Justiça pela privatização da Cedae. O Rio Grande do Sul colocou parte das
ações do Banrisul à venda, mas recuou. A privatização, entretanto, não está
descartada. A Sanepar, no Paraná, teve a privatização cogitada, mas o projeto
foi abortado, ao menos no momento. A Cemig, em Minas Gerais, tem sido motivo de
discórdia entre o parlamento mineiro e o sindicato dos trabalhadores e o leilão
de quatro usinas da empresa foi decidido na Justiça.
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