É cada vez mais comum
ouvir por aí relatos de mulheres que sofrem com ansiedade.
Não é para menos – obrigações no trabalho, em casa, com os filhos e a família
se somam e, pá!, disparam o transtorno. Mas, segundo um estudo publicado no
início de março de 2018 no periódico científico Menopause, o
problema também pode estar relacionado ao peso.
A pesquisa envolveu 5
580 mulheres latinoamericanas, todas na faixa dos 49 anos de idade. O objetivo
dos estudiosos era investigar se ter muita gordura abdominal está
ligado a um maior risco de se tornar ansiosa. Para isso, os cientistas
analisaram a relação cintura-estatura (RCE) das voluntárias.
Esse método avalia o
risco cardiovascular e de obesidade a partir das
medidas da barriga e da altura do paciente. No caso da mulherada, o perigo
existe quando a circunferência abdominal mede metade da altura ou o mesmo
valor.
Os resultados do estudo
mostraram que aquelas com maior índice RCE eram significativamente mais
propensas a ter ansiedade do que as outras. Esse é o primeiro trabalho a usar o
tamanho da cintura como um indicador de tendência ao problema.
Segundo os autores da
investigação, é provável que tanto o transtorno psicológico quanto o peso
estejam ligados a questões hormonais. Para JoAnn Pinkerton, diretora executiva
da Sociedade Norteamericana de Menopausa, a RCE pode ser usada como um marcador
para avaliar pessoas com propensão à ansiedade. “Esse estudo traz percepções
valiosas para profissionais que tratam mulheres na meia-idade”, acredita.
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