A cada 20 brasileiros,
um diz ter saúde ruim, aponta estudo realizado na Universidade de Illinois, nos
Estados Unidos. A pesquisa levou em conta as respostas dadas em 1998, 2003,
2008 e 2013 na Pnad (Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios) e na Pesquisa
Nacional de Saúde.
Ao responder a pergunta
"Sua saúde é ruim", diz o levantamento, 5,2% dos entrevistados
respondeu 'sim' em 2013 - número um pouco inferior daquele verificado em 1998.
"Percepção de má
saúde não é apenas uma boa maneira de prever mortalidade, mas é também uma
ferramenta útil para medir a saúde de maneira objetiva", diz o estudo.
Sem especificar os percentuais,
os pesquisadores também apontam que o nível de satisfação com a própria saúde é
maior entre aqueles com nível superior. Neste grupo, a proporção de pessoas que
dizem ter boa saúde é entre sete e nove vezes maior do que entre os que não
foram à universidade.
"Diferença que
aumentou de 1998 a 2013", destacou o estudo comandado pela pesquisadora
Flávia Cristina Drumond Andrade. A pesquisa apontou ainda "diferenças
raciais" em 1998 e 2008, com pardos e pretos sendo mais propensos a se
declararem com problemas de saúde do que os brancos.
As desigualdades em
saúde por raça e região destacam a necessidade de melhorar a saúde de grupos
socialmente desfavorecidos no Brasil."
Os pesquisadores
apontam a falta de conhecimento, as restrições econômicas e o envelhecimento da
população para justificar a relação entre os problemas de saúde e a baixa
escolaridade. Mas, ainda assim, destacam as desigualdades sociais e geográficas
na saúde brasileira.
"Essas
desigualdades persistem, apesar da expansão do Sistema Único de Saúde e de
programas, como o Programa Saúde da Família e os Agentes Comunitários de Saúde,
que comprovadamente melhoram efetivamente a saúde", afirmou o artigo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário