Estudos recentes
alertam que o número de pessoas com diabetes tipo 2 (DMT2) deverá triplicar no
mundo nos próximos 17 anos. Esse dado alarmante pode aumentar por conta da
falta de seriedade dos pacientes em levar o tratamento adiante. No Brasil, a
cirurgia metabólica é indicada como opção para tratar o diabetes tipo 2 em
pacientes com obesidade e que não conseguem controlar a doença com o tratamento
clínico.
Segundo o presidente da
Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), Dr. Marcos
Leão Vilas Bôas, o diabético pode evoluir por muitos anos sem ter consciência
da doença. “É aí que mora o problema. Os tratamento são ineficazes por conta da
falta de aderência pelo paciente. Ou toma o remédio e ele não funciona ou
compra o remédio e esquece de tomar”, diz o especialista.
Segundo ele, o nível de
controle está inadequado para vários pacientes. “Os medicamentos não estão
sendo eficazes, o paciente não está fazendo a dieta ou não está tomando os
remédios como deveria”, contou o médico. “Isso implica em mau controle,
causando danos nas arteríolas, nos rins, na retina, no coração e no cérebro”,
explicou.
De acordo com Marcos
Leão Vilas Bôas, desde a década de 90, os estudos com pacientes obesos
diabéticos submetidos à cirurgia apontavam para o controle da glicemia. “Hoje
sabemos que, além de controlar o peso e a glicemia, é possível controlar o
colesterol e a pressão arterial, o que é fundamental para evitar complicações
como a perda de visão, da função renal e outras”, justificou.
“Descobrimos também o
impacto da cirurgia a da secreção de hormônios produzidos no estômago e
intestino, que leva à maior produção de insulina, independentemente da perda de
peso e do gasto energético”, declarou o médico. “E o mais importante são os
trabalhos que comprovam que diminuem as complicações dos pacientes operados”,
finalizou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário