O VAR foi o centro das
atenções na Inglaterra na quarta-feira (17) e teve participação direta na
eliminação do Manchester City e consequente classificação do Tottenham às
semifinais da Uefa Champions League.
Em um dos lances em que atuou, porém, acabou tendo uma decisão bem polêmica. E
até errada segundo recomendações atuais da própria entidade que regula o
futebol no continente europeu.
O suposto erro
aconteceu no gol de Llorente, o terceiro do Tottenham e o responsável direto
pela classificação da equipe – sem ele, seria o City quem avançaria.
Aos 28 minutos do
segundo tempo, Trippier colocou a bola na área, e Llorente conseguiu empurrar
ela para o gol no meio da confusão entre os zagueiros. O problema é que a bola
bateu em seu braço e depois em seu joelho antes de ir para as redes. O juiz
turco Cuneyt reviu a jogada, mas decidiu validar o gol mesmo assim.
O problema é que a
recomendação da Uefa é diferente.
“A bola bate na mão
dele antes de bater em outra parte do corpo. As instruções da Uefa são claras
quanto a isso: não pode ser gol se tocar em sua mão, mesmo que seja
involuntário. Não importa se o braço está junto ao corpo. Se é com um defensor,
não é pênalti. Mas se é com um atacante, a jogada tem que ser anulada”, disse o
ex-árbitro Iturralde González ao jornal As.
Salvio Spínola,
comentarista de arbitragem dos canais ESPN, confirma que essa
orientação realmente já está em vigor em solo europeu.
Para azar do City,
porém, essa jogada aconteceu antes do dia 1º de junho. Isso porque essa é a data em que as novas regras do
futebol vão começar a valer. E nelas nem há espaço
para qualquer interpretação neste tipo de lance. A International Board, órgão
que cuida dos regulamentos do futebol, diz que qualquer gol com toque de mão
tem que ser invalido, independente da intenção ou não.
Ou seja: a nova regra
vai justamente oficializar o que a Uefa já recomenda.
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