De acordo com um relatório divulgado pela OMS (Organização Mundial da
Saúde), o Brasil é o país com maior número de pessoas com depressão de
toda a América Latina. Ainda de acordo com a pesquisa, a doença chega a afetar
cerca de 12% da população do país. O quadro grave é um dos responsáveis pela
estimativa de 11 mil suicídios registrados anualmente em território brasileiro.
Tendo em vista a gravidade da situação e alta na quantidade de casos, não
é nenhuma surpresa que você tenha por perto alguém que possua a doença.
Portanto, é essencial ajudá-la a procurar apoio emocional e entender a melhor forma de lidar com ela para que a situação não
piore ainda mais.
O que evitar dizer para
pessoas com depressão?
Jamais banalize.
Ainda que seja muito difícil, pode ser que a pessoa que está encarando
essa doença crie confiança suficiente em você para se abrir sobre suas dores.
Caso isso aconteça, nunca banalize-as ou diga algo semelhante a “já passei por
coisas piores” ou “era só isso?”.
Evite frases de
incentivo.
Quando uma pessoa resolve expor aquilo que sente, ela não necessariamente
está procurando que alguém resolva seus problemas. Ficar insistindo em frases
feitas de incentivo não vão ajudá-la. Deixe os ditados populares fora de seu discurso porque pode ter certeza
que muita gente já foi dizê-la que “vai ficar tudo bem”.
“Olhe pelo lado
positivo”.
Uma das principais e mais fortes características da depressão é a
incapacidade de ser otimista e pensar em coisas boas. Mas isso não é uma
escolha que o doente faz. Ficar pedindo para que ele olhe pelo lado bom não
ajudará em nada. Pode acreditar que a pessoa está tentando, mas, provavelmente,
precisará de apoio psiquiátrico para sair dessa situação. Isto é, o depressivo simplesmente não
consegue fazer isso sozinho, então não ressalte mais essa incapacidade pela
qual está passando.
Culpar o depressivo.
A depressão é desencadeada por inúmeros fatores, mas nunca é uma escolha
do doente passar por ela. Portanto, antes de mais nada, entenda que a doença é
causada por questões biológicas e não por “pensamentos fracos”.
Questionar o uso de
medicamentos.
Quando é que você questionou alguém por fazer o uso de medicamentos que
controlassem a hipertensão ou as cefaleias? Contestar os remédios está intrinsecamente associado ao fato de não
entender a depressão como uma doença e uma que mata muito no Brasil, por sinal.
Quem deve dizer ou não se o paciente precisa de remédios é o psiquiatra, por
isso, não fique relembrando o doente de que eles podem causar efeitos
colaterais ou qualquer coisa do tipo.
Escutando.
Em muitos casos, tudo o que as pessoas com depressão precisam é serem
escutadas. Por isso, não fique argumentando ou dando exemplos da sua própria
vida, apenas deixe-as falar sobre o que sentem.
“O que tem de errado
com você?”
Mais uma vez, esse tipo de pergunta é típico de alguém que não encara
a depressão como a doença perigosa que é. Fazer este tipo
de questionamento joga para o colo do deprimido a responsabilidade sobre algo
que ele não está conseguindo controlar sozinho no momento.
Buscando ajuda.
Disque 188.
É possível entrar em contato com o CVV (Centro de
Valorização da Vida) por meio da discagem do número 188. O centro oferece apoio
emocional a pessoas que buscam ajuda e precisam conversar, mas que prezam pelo
sigilo. O serviço atende em toda as regiões do Brasil e funciona 24 horas por
dia.
Serviços de saúde.
CAPS e Unidades Básicas de Saúde (Saúde da família, Postos e Centros de
Saúde).
Emergência.
SAMU 192, UPA, Pronto Socorro e Hospitais.
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