segunda-feira, 1 de março de 2021

OBESIDADE NÃO SIGNIFICA RISCO DE DOENÇAS CARDÍACAS, DIZ ESTUDO...

FONTE: Da redação, https://www.msn.com/

Pessoas obesas tendem a ter níveis de glicose e lipídios no sangue prejudiciais à saúde, bem como pressão alta. Como resultado, eles correm mais risco de doenças cardiovasculares e metabólicas. Mas os cientistas observaram que até 45% das pessoas que vivem com obesidade têm pressão arterial e níveis de glicose e lipídios saudáveis ​​e, portanto, podem não estar em alto risco de contrair doenças. A razão pela qual este grupo de pessoas com obesidade permanece saudável ainda é pouco conhecida.

Agora uma equipe de pesquisadores identificou uma série de genes que estão ligados a níveis elevados de gordura corporal, além de oferecer proteção contra alguns dos impactos negativos da obesidade na saúde. Os resultados foram publicados na revista Nature Metabolism.

Os pesquisadores afirmam que as descobertas lançam uma nova luz sobre a biologia que pode desconectar o nível mais alto de gordura corporal do maior risco de diabetes e doenças cardíacas. Os genes identificados parecem beneficiar nossa saúde, ajudando a manter um tecido adiposo saudável. Alguns dos genes podem oferecer alvos para o desenvolvimento de novas terapias que diminuem o risco de diabetes e doenças cardíacas, melhorando a saúde do tecido adiposo.

Os cientistas fizeram a descoberta analisando dados de centenas de milhares de pessoas que foram avaliadas quanto à gordura corporal e marcadores de risco de doenças. Eles identificaram 62 seções do genoma que estavam significativamente associadas a altos níveis de gordura corporal e menor risco de doenças cardiometabólicas. Análises posteriores mostraram que os genes tinham uma gama de funções no corpo, incluindo a regulação e desenvolvimento de células de gordura, distribuição de gordura corporal, bem como regulação de energia e inflamação.

Através de uma abordagem baseada em dados, os pesquisadores encontrarem novos genes associados à saúde do tecido adiposo, em vez dos genes da obesidade conhecidos associados ao sistema nervoso central, que controlam a saciedade e estão tipicamente ligados à obesidade doentia.

De acordo com a professora Ruth Loos da Icahn School of Medicine no Mount Sinai, esse novo conhecimento é um passo em direção a uma abordagem mais sutil para o tratamento da obesidade. Segundo a especialista, nem todo indivíduo com excesso de peso corre o mesmo risco de desenvolver doenças cardiometabólicas. Saber quais genes protegem as pessoas de desenvolver diabetes e doenças cardiovasculares nos ajudará a diagnosticar e tratar melhor os indivíduos com obesidade.

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