FONTE: Da redação, https://www.msn.com/
Pessoas
obesas tendem a ter níveis de glicose e lipídios no sangue prejudiciais à
saúde, bem como pressão alta. Como resultado, eles correm mais risco de doenças
cardiovasculares e metabólicas. Mas os cientistas observaram que até 45% das
pessoas que vivem com obesidade têm pressão arterial e níveis de glicose e
lipídios saudáveis e, portanto, podem não estar em alto risco de contrair
doenças. A razão pela qual este grupo de pessoas com obesidade permanece
saudável ainda é pouco conhecida.
Agora
uma equipe de pesquisadores identificou uma série de genes que estão ligados a
níveis elevados de gordura corporal, além de oferecer proteção contra alguns
dos impactos negativos da obesidade na saúde. Os resultados foram publicados na
revista Nature Metabolism.
Os
pesquisadores afirmam que as descobertas lançam uma nova luz sobre a biologia
que pode desconectar o nível mais alto de gordura corporal do maior risco de
diabetes e doenças cardíacas. Os genes identificados parecem beneficiar nossa
saúde, ajudando a manter um tecido adiposo saudável. Alguns dos genes podem
oferecer alvos para o desenvolvimento de novas terapias que diminuem o risco de
diabetes e doenças cardíacas, melhorando a saúde do tecido adiposo.
Os
cientistas fizeram a descoberta analisando dados de centenas de milhares de
pessoas que foram avaliadas quanto à gordura corporal e marcadores de risco de
doenças. Eles identificaram 62 seções do genoma que estavam significativamente
associadas a altos níveis de gordura corporal e menor risco de doenças cardiometabólicas.
Análises posteriores mostraram que os genes tinham uma gama de funções no
corpo, incluindo a regulação e desenvolvimento de células de gordura,
distribuição de gordura corporal, bem como regulação de energia e inflamação.
Através
de uma abordagem baseada em dados, os pesquisadores encontrarem novos genes
associados à saúde do tecido adiposo, em vez dos genes da obesidade conhecidos
associados ao sistema nervoso central, que controlam a saciedade e estão
tipicamente ligados à obesidade doentia.
De
acordo com a professora Ruth Loos da Icahn School of Medicine no Mount Sinai,
esse novo conhecimento é um passo em direção a uma abordagem mais sutil para o
tratamento da obesidade. Segundo a especialista, nem todo indivíduo com
excesso de peso corre o mesmo risco de desenvolver doenças cardiometabólicas.
Saber quais genes protegem as pessoas de desenvolver diabetes e doenças
cardiovasculares nos ajudará a diagnosticar e tratar melhor os indivíduos com
obesidade.
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