FONTE: , Eduardo Nunes, https://www.msn.com/
É muito comum ver pessoas de mais idade
sofrendo com dores, principalmente no quadril. Contudo, cerca de 15 milhões de
brasileiros sofrem de algum tipo de artrose e é preocupante ver que esse número está crescendo,
principalmente entre os mais jovens.
Segundo
o médico ortopedista Dr. David Gusmão, as principais razões para esta situação
é que “os jovens são praticantes de atividades físicas e há aqueles que têm
pequenas alterações no formato dos ossos do quadril. Este tipo de pacientes
está cada vez mais comum no consultório do médico especializado em quadril.
Segundo
o especialista, “o impacto femoroacetabular (IFA) do quadril é uma das
principais causas da dor do quadril em adolescentes e também nos adultos
jovens. A pessoa sente este incômodo porque o que acontece é o contato anormal
entre os ossos do quadril que ocorre durante os movimentos. É preciso ficar
alerta e se cuidar enquanto é tempo, pois o IFA é um importante fator de risco
para o desenvolvimento de artrose no
quadril no futuro. Se essa dor no quadril tiver relação com alteração óssea, a
pessoa precisa de se submeter a um tratamento o quanto antes”.
Vale
lembrar que cada caso é um caso, daí a importância de um tratamento
individualizado. Segundo Dr. Gusmão, é importante observar que a fase do
desenvolvimento esquelético varia de acordo com a idade e desenvolvimento
hormonal de cada adolescente. “Logo, é importante que o ortopedista observe
quanto a pessoa possui da cartilagem de crescimento para não prejudicar o
desenvolvimento ósseo”, detalha.
Dr.
Gusmão comenta que nos quadris normais, durante movimentos do dia a dia ou
atividades físicas, não há contato agressivo entre o fêmur e o acetábulo. “Mas,
quando a pessoa está em um quadro de IFA, o que se vê é o impacto anormal entre
as estruturas que compõem o quadril (colo do fêmur e o osso acetábulo) e
consequentemente o comprometimento de toda a biomecânica dessa articulação,
lesão do labrum e da cartilagem articular, resultando na dor no quadril. Isso pode
acontecer com quem pratica atividades físicas que envolvam grandes amplitudes
de movimento do quadril, como futebol, tênis, corrida, ballet, artes marciais,
crossfit, e esportes com saltos”, acrescenta.
Para
quem precisa de tratamento cirúrgico, o médico ressalta que os pacientes podem
passar por uma intervenção benéfica que traz uma mudança significativa para
suas vidas. “Agora é possível tirar a dor do paciente, aumentar a durabilidade
da articulação natural, e elevar também a amplitude de movimento do quadril,
permitindo à pessoa fazer maior esforço físico sem sentir qualquer tipo de
incômodo”, completa Dr. Gusmão.
Segundo
o médico, essa descoberta do Impacto femoroacetabular aliada à videoartroscopia
revolucionou a especialidade do quadril. “Apesar de isso ter acontecido há mais
de 20 anos, isso ainda é muito incipiente no universo da medicina, e por essa
razão, muitos cirurgiões ainda não estão capacitados a fazer a artroscopia de
quadril”, pondera.
Nenhum comentário:
Postar um comentário