FONTE: Alexandre Sinato, Bruno Freitas e Mauricio Stycer, em Durban (África do Sul) (copadomundo.uol.com.br).
Para conseguir isso, a seleção de Dunga enfrentou dois tipos de teste nesta sexta: jogar sem Kaká (suspenso) e Robinho (poupado) e superar a tensão do duelo com os lusitanos. Foi reprovado em ambos. Portugal entrou em campo, no primeiro tempo, recuado, com só um jogador no ataque. A mesma formação usada pela Coreia do Norte. E como na estreia do Mundial, o Brasil não conseguiu superar a retranca. Faltou movimentação no setor ofensivo e os meias não fizeram sua função básica: armar o jogo.
E, se o meio-campo não criava, ao menos o jogo era combatido. O confronto foi brigado do começo ao fim. Lances duros e discussões apimentaram o jogo, tudo em bom português. O naturalizado Pepe foi o protagonista. Forçou um amarelo a Luís Fabiano e outro a Felipe Melo. A entrada violenta no tornozelo esquerdo do camisa 5 rendeu um cartão para Pepe. O volante brasileiro deu o troco, levou o cartão e Dunga preferiu trocá-lo por Josué ainda no primeiro tempo, para evitar a expulsão.
No primeiro tempo, a seleção brasileira até tentou. Deu a impressão de que precisava mais da vitória que os lusitanos. Com 63% de posse de bola e o dobro de finalizações, o time de Dunga partiu para cima. Nilmar mostrou gás. Mandou uma bola na trave, deu um chapéu seguido de chute para fora e acreditou em todas as bolas. Daniel Alves e Júlio Baptista, promovidos a titulares excepcionalmente nesta sexta-feira, não funcionaram como se esperava. Daniel foi bem, mas não foi brilhante. Mas fez mais do que Júlio, nulo, principalmente no 2º tempo.
Embora os gols não tenham saído, os 62 mil torcedores que foram ao estádio Moses Mabhida viram uma partida movimentada e com momentos de tensão. Um bom aperitivo para o que deve acontecer nas oitavas de final. O Brasil só não poderá errar tanto no setor ofensivo. No mata-mata os gols que não aconteceram nesta sexta farão falta, mesmo no lado “fácil” da chave.
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